Sim, está tudo absurdamente mais caro nas prateleiras dos supermercados, padarias e comércios. Por mais que a inflação oficial declarada pelo governo esteja em torno de 10%, o aumento em produtos básicos da economia real foi muito maior.
Em março de 2020, o canal Sobrevivencialismo realizou um vídeo mostrando como montar um estoque de comida com alimentos básicos com apenas R$100. Pouco mais de um ano após, um novo vídeo foi feito, que reforçou a perda do poder de compra pela inflação no período de mais de 60%.
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Sinto lhe informar, mas este aumento de preços não é transitório. A única forma de reverter esta inflação causada pela impressão de moeda é se o governo decidir queimar / destruir dinheiro. E convenhamos, isso não deve acontecer.
Somente em 2020, a base monetária brasileira cresceu 46%, segundo o Livecoins. Neste sentido, veremos uma pressão média nos preços proporcional a este crescimento. Ano após ano, seu dinheiro estatal valerá cada vez menos. Lide com isso.
Mas afinal, quem é o culpado?
O principal órgão responsável pela política monetária é o Banco Central, liderado hoje por Roberto Campos Neto, nomeado pelo então presidente. Segundo a organização, uma das suas funções primordiais é “manter a inflação sob controle, ao redor da meta”.
Bom, parece que não está dando muito certo. Querer preservar o poder de compra da moeda e manter a criação de dinheiro em patamares obscenos parece escrisofenia. É quase como querer apagar fogo com gasolina.
As palavras do presidente de El Salvador descrevem muito bem o cenário da política monetária brasileira e internacional.
“Vocês podem simplesmente parar de imprimir mais dinheiro? Você só vai piorar as coisas. Mesmo. É um acéfalo.” – Disse Nayib Bukele ao presidente do Federal Reserve, o Banco Central Americano.
Não é tão simples
O real culpado pelo aumento da inflação e de todo o caos monetário e econômico do Brasil não pode ser atribuído somente a uma pessoa ou organização.
A máquina pública deficitária, o endividamento em bola de neve e a ganância do governo são certamente fatores que impedem o Banco Central de ter uma política sóbria, condizente com a lógica básica.
Se aumentar a taxa de juros a patamares altos para conter a inflação, o estado vai se tornar ainda mais deficitário e, no longo prazo, insolvente.
Que tal demitir funcionários públicos e cortar gastos? O estado não vai reduzir impostos voluntariamente. A única vez que isso ocorreu de forma sistêmica no Brasil foi em 1994 com o Plano Real após longas décadas de hiperinflação.
Como descrito pelo economista Fernando Ulrich, os bancos centrais estão hoje encurralados. Resta a você decidir como se proteger desse sistema financeiro e monetário.
O Bitcoin, a principal alternativa para fugir do padrão fiduciário, alcançou a marca de US$1 trilhão de dólares em capitalização de mercado e uma base de usuários estimada entre 100-300 milhões.
A única maneira de impedir a desvalorização sistêmica do dinheiro é a adoção do Padrão Bitcoin, como feita por El Salvador e por milhões de indivíduos voluntariamente, sem o uso da força ou ameaça.
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