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França prende terroristas que enviavam fundos em Bitcoin para a Síria através de cupons

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A polícia francesa prendeu 29 suspeitos de conexão com um grupo terrorista da Síria que supostamente enviava centenas de milhares de euros em Bitcoin (BTC) através de cupons para o exterior.

Os suspeitos, detidos na última terça-feira (29), de acordo com a mídia local, usavam cupons de Bitcoin vendidos em lojas de conveniência.

Na França, os cidadãos têm acesso a cupons especiais de criptomoedas no valor de até 250 euros (cerca de R$ 1.644) fornecidos principalmente pelas empresas Digycode e Keplerk, em mais de 30 mil lojas de conveniência e tabacaria em todo o país.

Depois de adquirir os tickets pré-pagos, a população pode trocá-los por BTC e outras criptomoedas nas plataformas dos fornecedores.

Essa é a maneira mais simples de comprar Bitcoin na França e, por extensão, a mais fácil de detectar, de acordo com William O’ Rorke, sócio do escritório de advocacia ORWL especializado em tecnologias disruptivas e casos relacionados a blockchain.

Terrorismo

A Procuradoria Nacional Antiterrorismo informou que os suspeitos estavam comprando esses cupons de criptomoedas e enviando seus scans aos líderes do grupo – dois franceses que atualmente residem na Síria.

Em seguida, os cupons foram convertidos em Bitcoin através da Turquia.

Mesmo com condenações à revelia a 10 anos de prisão e mandados de prisão internacionais emitidos contra eles, os líderes do grupo terrorista ainda conseguiram se registrar e ativar seus códigos na plataforma.

“Banimos todas as conexões fora da França e Suíça, todos os outros países como Turquia e Síria foram completamente banidos”, disse Christopher Villegas, cofundador da Digycode.

De acordo Adil Zakhar, CEO da Keplerk, o caso mostra que a França tem sido capaz de se posicionar no setor de criptomoedas, “inclusive na luta contra os abusos vinculados ao Bitcoin”.

Para evitar o financiamento ao terrorismo utilizando criptomoedas, até o final do ano, todas as empresas do ramo terão que obter a aprovação do provedor de serviços de ativos digitais (PSAN) da Autorité des marchés financiers (AMF), regulador do mercado de ações da França.

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