Remy St. Felix, de 24 anos, foi condenado a 47 anos de prisão por liderar uma quadrilha responsável por invasões domiciliares violentas contra proprietários de bitcoin e outras criptomoedas, em uma sentença proferida pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ).
St. Felix liderava um grupo criminoso com 13 cúmplices e foi considerado culpado de conspiração, sequestro, roubo violento, fraude eletrônica e porte ilegal de armas. A quadrilha roubou US$ 3,5 milhões, utilizando ataques de força bruta e táticas de SIM-swapping para acessar as contas de criptomoedas das vítimas.
O modus operandi do grupo era feito através de invasões em residências nas cidades de Delray Beach e Homestead, na Flórida, onde as vítimas eram mantidas sob a mira de armas, amarradas com lacres plásticos e forçadas a transferir seus ativos digitais para carteiras controladas pelos criminosos. Entre setembro de 2022 e julho de 2023, as ações da quadrilha se espalharam por diversos estados dos EUA, de Texas a Nova York e Carolina do Norte.
Além das invasões físicas, a quadrilha usou ferramentas de finanças descentralizadas para lavar o dinheiro obtido com os roubos. O caso ganhou notoriedade após St. Felix ser preso quando estava a caminho de Nova York, portando duas armas de fogo e lacres plásticos.
Em um dos casos, uma vítima foi sequestrada e agredida a cerca de 193 quilômetros de distância de sua residência, enquanto em outro, familiares de uma vítima foram mantidos em cativeiro no Texas por três horas antes de os criminosos fugirem com US$ 150 mil em dinheiro e relógios de luxo.
Jarod Gabriel Seemungal, de 23 anos, outro membro da quadrilha, foi condenado a 20 anos de prisão e terá que pagar US$ 4 milhões em restituição. Seemungal forneceu armas, carros alugados e acomodações para os integrantes do grupo.
As penas para outros cúmplices variam entre 12 e 25 anos, e dois deles, que se declararam culpados por sequestro, serão sentenciados no dia 1º de outubro.