Uma mulher de Nova York contratou um detetive e contador especializado para rastrear a fortuna em bitcoin e criptomoedas de seu marido após o processo de divorcio, como relata matéria da CNBC.
Após a separação, a dona de casa estranhou que o marido, que recebe cerca de US$ 3 milhões por ano, não tivesse muitos bens em seu nome. Sarita (nome fictício) sabia que seu marido possuía criptomoedas. No entanto, ela não imaginava que ele movimentava milhões em ativos digitais.
“Eu conheço bitcoin e coisas assim. Eu simplesmente não sabia muito sobre isso. Nunca passou pela minha cabeça, porque não é como se estivéssemos discutindo ou fazendo investimentos juntos. Foi definitivamente um choque”, afirmou a ex-esposa.
A investigação do contador contratado apontou que o marido havia sacado cerca de US$ 2,3 milhões em criptomoedas da Coinbase, que foram transferidos para endereços de exchanges que operam fora da jurisdição dos EUA.
“Tudo acabou em duas ou três carteiras diferentes em uma bolsa estrangeira – um lugar como a Coinbase, mas em um país estrangeiro que não opera nos EUA e não está sujeito às leis e jurisdição dos Estados Unidos”, disse à CNBC.
Foi possível rastrear 12 bitcoins do marido, mas não ficou claro, no entanto, se os ativos foram recuperados no processo de divórcio.
É importante destacar que empresas centralizadas como exchanges operam sob jurisdições específicas e devem seguir as leis locais, sendo elas muito semelhantes a bancos tradicionais. Para ter soberania sobre seus ativos é necessário realizar a auto-custódia, mantendo suas chaves privadas.
Outro ponto de destaque é que existem protocolos focados em privacidade, como a moeda Monero (XMR), que impossibilita o rastreio dos ativos na blockchain. O Bitcoin e o Ethereum, por exemplo, permitem a qualquer um verificar o envio e recebimento de ativos dos endereços.