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Indeal: 19 pessoas são indiciadas por diversos crimes após conclusão do inquérito pela PF

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A Polícia Federal divulgou, na segunda-feira (24), que concluiu o inquérito do caso da empresa Indeal, acusada de pirâmide financeira. A informação é de que 19 pessoas foram indiciadas.

O inquérito foi concluído em 21 de junho, mas a PF só divulgou a informação três dias depois, de acordo com publicação da GauchaZH.

A empresa foi investigada na Operação Egypto, que cumpriu dez mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em 21 de maio.

Segundo a PF, o material apreendido permitiu concluir que a instituição investigada funcionava de forma ainda mais temerária do que as autoridades suspeitavam, citando casos de lavagem de dinheiro, contabilidade precária e compras de bens para sócios utilizando fundos da conta da empresa. 

Detalhes

Entre as 19 pessoas indiciadas, estão os cinco sócios da Indeal:

A lista de crimes pelos quais os 19 envolvidos foram indiciados  é longa:

Crimes de organização criminosa, operação de instituição financeira clandestina, oferta e/ou negociação de valores mobiliários em autorização, crime contra as relações de consumo, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional.

De acordo com o site, a PF ainda informou que das dez pessoas levadas em custódia sob prisão preventiva, sete continuam presas e três foram libertadas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Entenda o caso

No dia 21 de maio, a PF cumpriu 10 mandados de prisão, onde os cinco sócios da Indeal e outros cinco envolvidos no esquema de pirâmide financeira da empresa foram levados sob custódia.

A Receita Federal agiu em conjunto com a PF na Operação Egypto, que também cumpriu 25 mandados de busca e apreensão em cinco cidades gaúchas e em Santa Catarina e São Paulo.

O objetivo era desmantelar o esquema que lesou mais de 55 mil pessoas e pode ter movido mais de R$ 1 bilhão, de acordo com um auditor da Receita.

A InDeal prometia lucros de 15% ao mês, alegando que o retorno viria de aplicações em criptomoedas.

No entanto, a maior parte dos investimentos eram aplicados em investimentos tradicionais, como renda fixa, que gera cerca de 1% e 2% de lucro mensal.

Segundo as autoridades, a empresa atuava em 26 estados do Brasil, com exceção de Roraima, e deixou um rombo de 300 milhões.

Além disso, foi identificado o uso indevido de investimentos para aquisição de mansões, veículos de luxo e joias.

De acordo com Eduardo Dalmolin Bollis, delegado responsável pelo caso, em menos de um ano, os cinco sócios e outros envolvidos com a empresa tiveram um aumento escandaloso de seu patrimônio, indo “de menos de R$ 100 mil para mais de R$ 30 milhões”.

Em 29 de maio, os sócios da empresa foram levados para depor em Porto Alegre, mas permaneceram calados durante todo o tempo.

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