JPMorgan demonstra preocupação com mineração de Bitcoin (mas banco está errado)

JPMorgan

Analistas do JPMorgan, um dos maiores bancos do mundo, demonstraram preocupação com o futuro da mineração de Bitcoin (BTC), de acordo com recente relatório da CNBC.

Na ocasião, os analistas do banco destacaram que o custo para mineração da criptomoeda está ainda com uma boa margem em comparação ao preço de mercado do BTC. Isto confere aos mineradores um lucro relevante. 

“A taxa de hash atual e o consumo de energia colocam nossa estimativa central do custo de produção do bitcoin em cerca de US$ 45.000, ou seja, bem abaixo dos preços atuais”.

No entanto, o banco afirma que não prevê uma perspectiva de alta no curto prazo, e que uma queda no preço poderia afetar de forma significativa a lucratividade da atividade:

“No entanto, não vemos potencial de alta para os preços do bitcoin no momento atual e, se houver algo, vemos ventos contrários no curto prazo.”

“Isso destaca o desafio contínuo enfrentado pelos mineradores de bitcoin para manter uma fonte sustentável de receita, especialmente no ambiente pós-halving.”

“Há um ciclo de feedback natural com os preços do bitcoin, Quanto mais os preços do bitcoin caem, maior é o número de mineradores não-lucrativos que sofrem pressão para sair da rede.”

Ajuste de dificuldade

Os analistas do JPMorgan estão parcialmente corretos. Isso ocorre pois de fato há um alto custo na mineração, que é baseado principalmente na eletricidade utilizada para minerar a criptomoeda.

No entanto, este custo de mineração varia a depender do minerador. Além disso, a rede Bitcoin passa por ajustes de dificuldade de mineração a cada 2016 blocos minerados (cerca de 2 semanas).

Quando o custo de mineração se torna alto demais, isto incentiva mineradores a deixarem o mercado. Uma vez que este poder de hash deixa o mercado, o custo da mineração cai. Dessa forma, o mercado se ajusta até um ponto de equilíbrio ideal, de forma que os mineradores mais competitivos permaneçam no setor.

No entanto, de fato a análise do JPMorgan é relevante, uma vez que mineradores de capital aberto e grande porte não podem simplesmente desligar as máquinas como mineradores de pequenos. 

Uma queda drástica no preço do BTC poderia de fato deixar grandes mineradoras em uma situação financeira delicada, como ocorreu durante a última grande baixa em 2022. Na ocasião, grandes mineradoras entraram com pedido de falência. No entanto, isto não seria um problema para a rede, nem para os mineradores mais eficientes.

Atualmente, a mineração de Bitcoin já consome mais energia que países inteiros, o que confere ao BTC um alto nível de proteção, mesmo com eventuais quedas no hashrate.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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