A Mastercard está expandindo seus horizontes, trazendo pagamentos de criptomoedas para a região da Ásia-Pacífico. A Mastercard possui a rede de pagamentos mais extensa do mundo, com mais de 36 milhões de pontos de venda em mais de 210 países, segundo dados oficiais.
Apesar de suportar centenas de métodos de pagamento, a Mastercard vem testando a compatibilidade com criptomoedas há algum tempo. Agora, a empresa conseguiu fechar uma parceria com o provedor de serviços financeiros Amber Group —de Hong Kong—, a bolsa de criptomoedas tailandesa Bitkup e o serviço australiano de compra e venda de criptomoedas CoinJar.
A parceria visa habilitar um serviço de cartão de pagamento vinculado a criptomoedas na região da Ásia-Pacífico que permitirá aos usuários usar suas criptomoedas da mesma forma como se estivessem usando moeda fiduciária padrão ao pagar por bens e serviços.
Em teoria, os clientes passariam seus cartões para pagar a quantia solicitada pelo comerciante. Posteriormente, uma comunicação direta seria feita com a bolsa correspondente para converter imediatamente as criptomoedas em moeda fiduciária. Esse dinheiro então passaria pela rede Mastercard, finalizando o pagamento de forma quase instantânea e econômica.
De acordo com informações oficiais da Mastercard, a parceria vai permitir a utilização de cartões de débito, crédito e pré-pagos, aumentando consideravelmente as opções para os entusiastas das criptomoedas, que na maioria dos casos, estavam limitados às opções de cartão de débito.
Amber Group, Bitkup e CoinJar também serão as primeiras plataformas de criptomoedas baseadas em APAC a se juntarem ao Programa global de Cryptocard da Mastercard – uma iniciativa da empresa criada para atender ao mercado de pagamentos de criptomoedas com segurança e eficiência.
Apesar de estar atualmente focada na inovação para fornecer serviços com criptomoedas, a empresa teve uma posição crítica ao setor no passado. Em 2018, o presidente e CEO da Mastercard, Ajay Banga, disse que as criptomoedas eram lixo por causa de sua natureza anônima, descentralizada e baixa estabilidade.
“Acho que a criptomoeda é lixo… A ideia de moeda anônima produzida por pessoas que precisam minerá-la, cujo valor pode flutuar muito – isso para mim não é a forma como qualquer meio de troca merece ser considerado […]”.
Em 2020, e especialmente em 2021, a corporação começou a mudar para uma abordagem mais amigável ao setor.
Em maio, a Mastercard informou que cerca de 40% de sua base de usuários estaria usando criptomoedas em questão de meses e, em julho, uma parceria entre a Circle e a Mastercard tornou possível liquidar pagamentos em USDC usando a rede.
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