O Ministério da Educação (MEC) tem incentivado as universidades privadas a desenvolverem uma plataforma blockchain para emitir digitalmente os diplomas dos alunos.
O objetivo, segundo publicação do Valor Econômico, é a autorregulação do segmento e combate a fraudes de diplomas.
Mediante a proposta defendida pelo ministro Abraham Weintraub desde o ano passado, pelo menos 14 entidades do setor privado de ensino superior já iniciaram os estudos para o desenvolvimento da solução, aponta a matéria.
A meta do MEC é que o setor seja totalmente responsável pela emissão e registro dos documentos antes de passar para a autorregulação do setor, que no curto prazo “é de difícil operacionalização administrativa e jurídica”, segundo o governo e as universidades particulares.
Contudo, a nova blockchain deve ser financiada pelas próprias universidades.
Segundo Gilberto Garcia, ex-presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e responsável pela coordenação do novo projeto:
“O ministro nos apresentou essa proposta alternativa para iniciar a autorregulação e topamos. Paralelamente, o MEC continua a estudar o que poderia ser feito do ponto de vista jurídico nesta questão. Nessa autorregulação dos diplomas, você poderia não só ter o registro, mas lançar todos os dados históricos das instituições, algo que sempre é um trabalho difícil para o MEC localizar”, declarou.
Dessa forma, a nova solução baseada na tecnologia do Bitcoin deve ser responsável por proteger a autenticidade de todos os diplomas de universidades particulares e públicas, prevenindo possíveis fraudes.
Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no entanto, a solução já existe e passou a funcionar no ano passado.
O MEC flexibilizou as regras para a emissão de diplomas em 2017, e desde então o processo ocorre de maneira descentralizada.
Um estudo recente realizado pela Oracle aponta que as empresas que adotam a tecnologia blockchain e outras tecnologias emergentes crescem 80% mais rápido.