O Mercado Livre, a maior empresa da América Latina, com quase US$60 bilhões em capitalização de mercado, anunciou que possibilitará a compra de imóveis utilizando Bitcoin (BTC) na Argentina.
Com o objetivo de educar o mercado argentino para a mudança, o Mercado Livre realizou uma webconferência sobre “tecnologia de blockchain e criptomoedas”, que contou com mais de 300 imobiliárias da região.
No momento, 71 imóveis estão disponíveis em uma seção especial do site. Os valores estão cotados em dólares americanos, visto que o Bitcoin e a moeda local não possuem estabilidade o suficiente para serem unidades de conta.
Em comunicado, a empresa afirmou:
“Estamos sempre atentos às mudanças que ocorrem no mercado. O Bitcoin oferece múltiplas vantagens para as operações imobiliárias, tanto para o comprador quanto para o vendedor. Hoje lançamos a seção de criptomoedas dentro do Mercado Livre e, em poucas horas, já são 75 imóveis disponíveis. Esperamos muito mais com o passar dos dias, porque longe de ser uma moda, vemos que é uma tendência que vai se consolidando com o tempo.”
O Mercado Livre e o Bitcoin
A companhia possui um passado amigável em relação ao Bitcoin. O fundador do Mercado Livre, Marcos Galperin, afirmou em janeiro que o Bitcoin é uma reserva de valor superior ao próprio ouro.
Comparar o Bitcoin a moeda argentina, que acumula anos de altíssima inflação, chega a ser covardia. No acumulado de 2020, o país alcançou uma inflação de mais de 30%, ainda assim, inferior ao ano de 2019 que ultrapassou os 50%.
Em meio a instabilidade monetária e política, os argentinos estão adotando o Bitcoin como maneira de proteger seu capital contra políticas monetárias irresponsáveis que empobrecem a população.
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