A MicroStrategy anunciou uma nova estratégia para a aquisição de bitcoin (BTC). A empresa planeja lançar uma oferta privada de US$ 700 milhões em notas seniores conversíveis para expandir suas reservas de criptomoeda primária, que já somam mais de 244.800 unidades, equivalentes a US$ 14,2 bilhões.
Parte dos fundos arrecadados será destinada ao resgate de US$ 500 milhões em notas seniores garantidas que vencem em 2028. O custo total dessa operação está estimado em US$ 523,8 milhões, incluindo juros. O valor restante será utilizado para novas aquisições de BTC e para outros fins corporativos, conforme divulgado pela empresa.
As notas seniores são uma forma de dívida que empresas emitem para investidores, sendo que as conversíveis podem ser convertidas em ações da companhia no futuro. Essa estratégia tem sido o principal mecanismo de financiamento da MicroStrategy para aumentar suas posições em bitcoin desde 2020, quando iniciou suas primeiras compras da criptomoeda.
Confiança inabalável no bitcoin
O ex-CEO e atual presidente da MicroStrategy, Michael Saylor, é o grande defensor dessa política. Segundo o empresário, a compra de BTC é uma das melhores formas de proteger o patrimônio da empresa e proporcionar retorno aos acionistas, e ele parece certo. Afinal, desde a adoção dessa estratégia, as ações MSTR registraram uma valorização de 800%.
Segundo os dados do Bitcoin Treasuries, a MicroStrategy está à frente de outras empresas de capital aberto, como Marathon Digital, Riot e Tesla, quando o assunto é acumulação de bitcoin. No entanto, a presença da corporativa no mercado da cripto número um não para por aí.
Atualmente, a MicroStrategy possui mais BTC que o governo dos EUA, que manteve esse posto por anos com o acúmulo de bitcoin através de casos criminais como o Silk Road. Enquanto as autoridades norte-americanas detêm 207 mil bitcoins, a empresa gerida por Saylor, conforme mencionado, ostenta 244.800 unidades da criptomoeda.