A MicroStrategy, a maior empresa de business intelligence do mundo, liderada pelo bitcoiner Michael Saylor, surpreendeu ao anunciar que pretende comprar mais US$400 milhões em Bitcoin.
A empresa já possui um portfólio 92 mil bitcoins em caixa, avaliados em mais de US$3,3 bilhões, obtidos através da troca do caixa de US$800 milhões da empresa pela criptomoeda e por meio da emissão de dívidas com vencimento futuro.
“A MicroStrategy pretende usar os recursos líquidos da venda das notas para adquirir bitcoins adicionais. ”
Segundo Saylor, a principal motivação da empresa está em proteger o capital acumulado da companhia em um ambiente altamente inflacionário, vista a crescente impressão de dinheiro por parte dos bancos centrais ao redor do mundo.
“Tínhamos US$ 500 milhões em dinheiro, mas sabíamos que íamos gerar outros US$ 500 milhões em dinheiro e percebemos que, se o mantivéssemos em dólar, haveria uma desvalorização de 10-15% ao ano.
Portanto, o que não é tão bem compreendido é que o Bitcoin é o melhor ativo de reserva de tesouraria do mundo no momento, e foi projetado para ser superior ao ouro em todos os aspectos.
O que eles não entendem é que o Bitcoin é uma rede monetária e, como rede monetária, é capaz de armazenar e canalizar energia ao longo do tempo sem perda. Então, ficamos muito empolgados com essa ideia e a vimos como uma solução para o problema de reserva de valor, não apenas para os US$ 300 trilhões de capital no mundo, mas para os 7,5 bilhões de pessoas no planeta.”
Saylor reforça que não poderia ficar parado sem fazer nada com sua “tesouraria sendo degradada em 10-20% ao ano”.
Certamente, tomar dívida para comprar um ativo como o Bitcoin pode ser uma estratégia arriscada para pequenos investidores, mas esse risco é amenizado pela empresa visto o abundante acesso a crédito de longo prazo para investidores institucionais.
Leia mais: Casais divorciados usam criptomoedas para esconder dinheiro, alertam advogados