Ícone do site Criptonizando

Mineração de Bitcoin vs Dinheiro Tradicional: Quem é o vilão na questão ambiental?

bitcoin-btc-mineração-volatilidade

Em meio a alta mineração do Bitcoin não foi apenas o seu valor que disparou, mas também a alta de energia. Não é novidade que a mineração consome um alto nível de eletricidade e essa questão é muito debatida entre os traders de plantão.

Por que, exatamente, o Bitcoin consome tanta energia?

O motivo principal tem a ver, sobretudo, com o processo de mineração em si. Como a mineração tradicional, que requer muita energia física, a mineração de Bitcoin também requer muita energia elétrica.

Para que um Bitcoin seja minerado, um computador deve resolver uma série complexa de algoritmos. E não qualquer computador. Para a mineração deve-se usar computadores altamente poderosos. Portanto, esses computadores requerem uma grande quantidade de eletricidade para funcionar.

À medida que o Bitcoin se torna mais difícil de minerar, esses computadores terão que cavar mais fundo, eletricamente falando. Assim, quanto mais escassa a criptomoeda se torna, mais os algoritmos se tornam complexos, tornando o processo de mineração cada vez mais caro. 

Devemos parar com a mineração de Bitcoin? 

A resposta para essa pergunta é não! É muito fácil escrever um artigo lamentando os efeitos causados pelo gigante da criptografia. No entanto, muitos dos argumentos ruins, relacionados ao Bitcoin, não conseguem explicar a sua história completa.

Na verdade, vários escritores parecem ter um conhecimento limitado do que a mineração de Bitcoin realmente envolve. Ou seja, eles não estão escrevendo o principal objetivo do processo.

Felizmente, existem pessoas como Mustafa Yilham, um especialista em criptografia que realmente extrai Bitcoins. Em uma postagem recente no Twitter, ele explicou como tantos escritores não conseguem entender o que o processo de mineração realmente envolve. 

Yilham está intimamente familiarizado com as complexidades da mineração. Assim, ao contrário de vários comentaristas de alto nível que parecem ter muito pouco conhecimento do assunto.

Para obter uma imagem panorâmica verdadeira do processo de mineração, deve-se entender a pergunta que Yilham faz em seu post: “Que tipo de energia o Bitcoin consome?”

A resposta é “energia hidrelétrica e gás de combustão de resíduos em excesso”. Em outras palavras, energia renovável. Yilham e seus colegas optam por energia renovável porque são ambientalmente conscientes? Não, não necessariamente. 

A verdade é que eles são conscientes dos resultados financeiros. Como observa Yilham, as mineradoras sempre optarão por usar a “tarifa de eletricidade mais barata disponível”, e a energia renovável marca esse quadro.

Talvez o “ouro digital” não seja tão destrutivo do ponto de vista ambiental quanto fomos levados a acreditar. O mesmo não pode ser dito para o ouro real. O processo de mineração é altamente destrutivo por natureza. É responsável pelo deslocamento de comunidades e pela contaminação da água que antes era limpa e potável.

Quais os efeitos do dinheiro tradicional ao meio ambiente?

Muitos não sabem, mas o dólar americano é produzido usando 75%  de algodão. Isso pode parecer ecologicamente correto, mas os métodos atuais de produção de algodão são simplesmente insustentáveis. 

Em um esforço para afastar as pragas que se alimentam do algodão, os agricultores, muitas vezes, recorrem a inseticidas. Essas substâncias resultam na poluição das águas subterrâneas e do ar que respiramos.

E quanto às moedas reais que ficam nos bolsos de milhões de pessoas em todo o mundo? As moedas são produtos de processos de mineração caros. Das emissões de dióxido de carbono à quantidade de energia consumida, essas moedas, exigem de vários meios para chegarem ao seu resultado final.

Sem dúvida, do ponto de vista ambiental, a mineração de Bitcoin é problemática. Isso porque estima-se que a criptomoeda consome cerca de 79,63 terawatts-hora de energia por ano. 

No entanto, o sistema bancário atual, que o Bitcoin busca substituir, usa algo em torno de 650 terawatts-hora por ano.

Ao comparar as moedas fiduciárias e o Bitcoin, este último oferece à humanidade a oportunidade, pela primeira vez na história, de uma moeda global, livre de bancos e controle governamental. 

Portanto, ao perguntar qual opção nos oferece um futuro melhor, o Bitcoin parece ser a resposta.

Receba artigos sobre Bitcoin e Criptomoedas no seu email

*Obrigatório
Sair da versão mobile