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setembro 4, 2024 
3 min. 
A Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai (ANDE) encontrou uma mineradora clandestina de Bitcoin em uma igreja. A instalação estava roubando eletricidade para manter a operação.
A ANDE vem trabalhando em conjunto com autoridades paraguaias para interromper mineradoras de criptomoedas ilegais. Nos últimos meses, diversas operações foram interrompidas na região.
Conforme relatado, a igreja parece ter desviado o equivalente a R$ 72.600 em eletricidade. Não há informações de quais máquinas foram utilizadas na operação. Além disso, outras operações semelhantes foram encontradas em Ciudad del Este.
Mineração e roubo de eletricidade
A mineração de Bitcoin é uma atividade altamente competitiva, realizada principalmente em larga escala por grandes empresas. Os mineradores estão na prática competindo para encontrar a resolução dos blocos.
Quanto maior o poder computacional de um minerador, maior a chance dele resolver um bloco de transações. Isto faz com que a mineração possua um alto consumo energético. Estudos apontam que a mineração consome mais eletricidade que países inteiros, como a própria Argentina.
Por conta deste fator, minerar com os custos de eletricidade doméstica pode não ser lucrativo em países como o Brasil. Normalmente, a mineração só é efetivamente lucrativa em locais com custo de eletricidade muito próximo a zero.
Dessa forma, mineradores corruptos recorrem ao roubo de eletricidade para atenuar os custos da operação e aumentar a lucratividade. No entanto, isto é claramente um crime e pode trazer graves consequências para os operadores.
Ao longo dos anos, diversos casos de mineradoras clandestinas surgiram em variados países. Em especial, o Paraguai é um centro global para a atividade, tanto para operações legítimas, quanto para mineradoras ilegais.
Notavelmente, as mineradoras estão enfrentando baixas margens este ano, devido ao aumento da competitividade do setor, e à diminuição das recompensas de mineração após o halving.
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