A Marathon Holdings, uma mineradora e pool de mineração norte-americana, desistiu da sua empreitada na tentativa de ‘censurar’ transações de Bitcoin após duras críticas da comunidade e perda de ganhos. Mas afinal, o que exatamente a Marathon estava fazendo?
Um minerador, para receber as recompensas provenientes da extração da criptomoeda, deve ser o primeiro a encontrar um determinado bloco.
Feito isso, ele terá o direito de incluir as transações no bloco subsequente, desse modo, recebendo também as taxas de transação pagas por quem realizou a transferência de valores utilizando a rede.
O incentivo econômico da operação vai no sentido de colocar o máximo de transações possíveis com as maiores taxas para se obter os maiores ganhos.
Contudo, a Marathon decidiu que iria incluir nos blocos minerados somente as transações que estavam em suposta conformidade com questões regulatórias e que não apresentavam nenhum suposto resquício de envolvimento com serviços ilegais.
Isso não seria um problema para a rede BTC, visto que outro minerador poderia incluir essas transações rejeitadas pela Marathon em outros blocos.
Contudo, essa parece ter sido uma péssima ideia para a Marathon, visto que ela já desistiu da sua empreitada após as críticas da comunidade e perda de arrecadação.
A empresa volta atrás em sua posição, e afirmou que agora pretende minerar os blocos “exatamente da mesma forma como todos os outros mineiros que utilizam o nó padrão”, disse o CEO Fred Thiel.
Vale lembrar que uma grande fonte de renda das pools é também a taxa de administração cobrada dos mineradores que se conectam a empresa, visto que a mineração individual é inviável na maioria dos casos.
Sendo assim, é possível que a Marathon possa ter perdido mineiros com o marketing negativo atraído pela empresa para si.
“A Marathon está comprometida com os princípios básicos da comunidade Bitcoin, incluindo descentralização, inclusão e nenhuma censura.”
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