O Ministério Público da Bahia abriu uma ação coletiva contra a DD Corporation, suposta pirâmide financeira que prometia lucro médio de 11% ao mês em investimentos em criptomoedas, no qual acusa a empresa de fraude.
O negócio foi fundado por Leonardo Araújo, que atualmente leva uma vida de luxo na Europa esbanjando Bitcoin apesar de não pagar os clientes desde o final de 2019, ter admitido falência da empresa e prometer quitar as dívidas só em 2021.
Na ação aberta pelo MP em janeiro deste ano, o órgão pede a suspensão do negócio, argumentando que se trata de algo “comprovadamente insustentável, pois concede aos consumidores expectativas irreais de ganhos fáceis” e, acrescenta:
“Assegura ganhos fraudulentos e inalcançáveis, gerando falsas expectativas e ocultando riscos do empreendimento ilícito”, conforme publicação do UOL.
O processo é avaliado em R$ 5 milhões, e não estima o número de vítimas que caíram na conversa da DD Corporation.
A empresa também é investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pois atuava no Brasil sem autorização da autarquia para ofertar contratos de investimento coletivo.
Segundo a denúncia do MP da Bahia, o esquema teve ajuda de uma associação de empresas de marketing multinível, que teria dado selo de garantia para a DD Corporation.
Trata-se da Abranetwork, acusada na ação de “propagar graves mentiras que impactam diretamente na falsa legitimidade criada em favor da parte ré”.
A associação também tem em seu site, outras supostas pirâmides financeiras com criptomoedas, como 18k Ronaldinho e Binary Bit, que enfrentam problemas na Justiça. De acordo com o site, essas duas tiveram as “adesões suspensas” depois dos problemas.
Em nota a UOL, a Abranetwork, que já foi denunciada para a CVM por supostamente negar empresas fraudulentas, negou as denúncias do MP no caso da DD Corporation e afirmou que ajuda a combater pirâmides e mantém uma lista com os nomes das existentes no Brasil.