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Nigéria atinge recorde de negociações P2P de Bitcoin após restrições do governo

Nigéria se torna o segundo maior mercado de bitcoin do mundo em menos de 5 anos

Reprodução/ AZcoin News

O banco central da Nigéria impôs uma série de restrições ao comércio de Bitcoin e de criptomoedas no país. Contudo, as medidas não foram suficientes para parar a cripto-economia da região, que agora atinge novos recordes de negociações P2P.

Recentemente, uma série de discussões envolvendo o comércio e a utilização de criptomoedas na Nigéria se iniciaram. O senador Sani Musa chegou a afirmar que “O Bitcoin tornou nossa moeda quase inútil ou sem valor”.

Após discussões sobre se as agências reguladoras do país iriam ou não proibir as criptomoedas, foi decidido, dentre outras medidas, que instituições financeiras estariam proibidas de negociar os criptoativos.

Com a medida, as exchanges ficaram impossibilitadas de continuar suas atividades normalmente. Contudo, o comércio de Bitcoin no país está longe de ter parado, pelo contrário, as movimentações em plataformas P2P estão batendo recordes, ultrapassando os US$1,5 bilhão.

O que aconteceu?

De acordo com relatório publicado pela UsefulTulips, a Paxful, uma plataforma global para negociação de criptomoedas, alcançou a marca de 1,5 milhão de usuários, com mais de US$77 milhões negociados nos últimos 90 dias.

Notavelmente, outros países registraram aumento na plataforma, como China, Estados Unidos, Índia e Quênia.

Segundo Ray Youssef, CEO da Paxful, o sistema financeiro tradicional não consegue atender às demandas mundiais por ativos de valor e acaba provocando desigualdade, um problema solucionado pela revolução das moedas digitais.

“Com as criptomoedas, vemos uma alternativa, uma forma de descansar o sistema financeiro com base na igualdade. Nossa missão na Paxful é dar a todos igual acesso ao sistema financeiro, não importa quem sejam ou onde estejam, para que possam controlar seu próprio dinheiro e construir o futuro que desejam com liberdade financeira.”

Por conta da natureza descentralizada do Bitcoin, a proibição do ativo é praticamente impossível e ineficaz. Diversos casos na história mostraram que a proibição local do ativo não resulta em grandes mudanças para os moradores, visto que os indivíduos tendem a migrar para vendas P2P ou para plataformas internacionais.

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