A adoção do Bitcoin como moeda legal em El Salvador está provocando uma série de discussões na comunidade internacional. Contudo, o atual governo permanece firme em sua proposta de transformar o país através da criptomoeda.
Em 31 de janeiro, o ministro do Tesouro de El Salvador, Alejandro Zelaya, disse indignado que “nenhuma organização internacional vai nos obrigar a fazer nada, absolutamente nada”, acrescentando que o Bitcoin era uma questão de soberania.
“Os países são nações soberanas e tomam decisões soberanas sobre políticas públicas”.
Os comentários e críticas continuaram com Zelaya acrescentando que era lógico que o FMI destacasse a situação negativa em relação à dívida do país, mas esta é uma situação que foi arrastada por um governo anterior.
Em 25 de janeiro, o FMI divulgou um relatório pedindo ao país da América Central que “restringisse o escopo da lei Bitcoin removendo o status de curso legal do Bitcoin”.
Contudo, o governo ignorou a intimidação do órgão internacional e segue em ritmo acelerado na sua adoção do Padrão Bitcoin.
Otimismo de Nayib Bukele
O presidente Nayib Bukele continua otimista com o seu projeto de governo. Em 31 de janeiro, Nayib disse que haveria um “aumento gigantesco de preços” devido à escassez inerente do cripto-ativo.
“Existem mais de 50 milhões de milionários no mundo. Imagine quando cada um deles decidir que deve possuir pelo menos UM #Bitcoin. Mas sempre haverá apenas 21 milhões #Bitcoin.
Não é suficiente nem para metade deles. Um aumento gigantesco de preços é apenas uma questão de tempo.”
O governo fez sua primeira compra no início de setembro, quando o ativo estava sendo negociado em cerca de US$ 50 mil.
A instituição fez várias outras compras quando os preços atingiram o pico em novembro e depois começaram a cair, o que vem fazendo desde então.
El Salvador planeja arrecadar US$ 1 bilhão por meio de títulos lastreados em Bitcoin, que financiarão parcialmente o desenvolvimento da Bitcoin City.
A outra metade dos ativos arrecadados será utilizada para comprar mais bitcoin para os cofres do governo.
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