A Autoridade de Conduta do Setor Financeiro da África do Sul (FSCA) divulgou na sexta-feira um alerta público de que o Binance Group, proprietário da maior bolsa de criptomoedas do mundo, “não está autorizado a dar qualquer conselho financeiro ou prestar quaisquer serviços intermediários”.
Em comunicado, a bolsa informou que não oferece consultoria financeira ou serviços de intermediários. Em seguida, apontou algo delineado na própria carta do FSCA, afirmando que a instituição não regulamenta criptomoedas ou exchanges.
O FSCA regula as instituições financeiras, como bancos e seguradoras na África do Sul, semelhante à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. Por outro lado, o FIC é o órgão responsável por investigar crimes financeiros.
A Binance também criticou a declaração do FSCA, que se referiu ao Binance Group como “uma empresa internacional situada nas Seychelles. De acordo com a Binance, não existe uma “entidade associada chamada ‘Binance Group’ nas Seychelles”.
A Binance foi registrada nas Ilhas Cayman e nas Seychelles, embora a exchange tenha sido relutante em nomear uma sede, preferindo se apresentar publicamente como uma empresa global.
A US Commodity Futures Trading Commission estava investigando a bolsa para saber se ela permitia que residentes americanos usassem seu serviço, que não está registrado no país. O Departamento de Justiça e a Receita Federal também abriram uma investigação sobre as atividades da Binance.
A empresa não foi acusada de nenhum delito, mas sentiu as consequências. Em agosto, ela anunciou requisitos mais rígidos para que os usuários verifiquem suas identidades. Brian Brooks, CEO da Binance US, também supostamente deixou a exchange por causa de diferenças de opinião sobre como sua empresa afiliada deveria lidar com os reguladores dos EUA.
A empresa também sofreu críticas de bancos centrais e reguladores de valores mobiliários nos últimos meses. Há apenas dois dias, a Autoridade Monetária de Cingapura (MAS) colocou Binance em sua Lista de Alerta ao Investidor, notificando os residentes do país que a bolsa global não é regulamentada ou licenciada pela MAS.
O Reino Unido, Itália, Holanda, Japão e Malásia, todos emitiram avisos regulatórios semelhantes sobre a Binance. Nenhum dos quais afetou seu domínio de mercado, que segue como a maior bolsa de criptomoedas do mundo.
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