O Ethereum (ETH) está longe de ser considerado uma criptomoeda deflacionária no momento, pois suas baixas taxas de transação não são suficientes para garantir um bom ritmo de queima do token. No entanto, isso não é um golpe fatal para a segunda maior criptomoeda, conforme afirma o pesquisador Thor Hartvigsen.
Agosto de 2024 representa o mês mais crítico para o Ethereum desde o verão DeFi de 2020, em termos de taxas de rede geradas. A redução drástica, superior a 20 vezes em relação ao pico anterior, pode ser atribuída à migração das atividades da rede para as Layer 2 (L2) e à introdução dos blobs com a implementação do ERC 433.
Conforme observado por Hartvigsen, houve uma queda de 90% na distribuição das taxas para os stakers, apenas em 2024. Como resultado, a taxa de inflação do ETH atualmente está em 0,7% ao ano. Combinado com a estagnação prolongada do preço da altcoin, isso pode ser motivo de preocupação para a comunidade e os traders.
Apesar dessas mudanças, o analista ressalta que elas trazem vantagens próprias. Afinal, a taxa de transação de US$ 100 na rede principal nunca foi sustentável. O Ethereum agora está mais utilizável, apesar da fragmentação causada pelas L2.
Além disso, mesmo com a inflação atual, a altcoin se apresenta de forma mais favorável em comparação com suas concorrentes. Por exemplo, a Cardano (ADA) registrou uma inflação de 2,5% em agosto de 2024, enquanto a Solana (SOL) e a Avalanche (AVAX) operam com inflação de 14-15%, e a Polkadot (DOT) está ao redor de 10%.