As ações da mineradora fundada em 2005 pelo empresário brasileiro Eike Batista dispararam nesta semana após uma grande derrota na Justiça.
A MMX havia informado seus acionistas em 25 de novembro que recuperou os direitos de exploração da Mina Emma, localizada em Corumbá (MS).
Contudo, a Justiça anulou a decisão favorável à mineradora de Eike na última quarta-feira (02).
A Mina Emma é considerada de grande importância para a concretização do processo de recuperação judicial da MMX, aberto em 2016.
Com a decisão da Justiça, a companhia Vetorial Mineração, que teria que devolver a mina à MMX, agora poderá seguir com a exploração da unidade produtiva até o julgamento final, reportou o Valor Investe.
Apesar da derrota, as ações ordinárias da MMX, em recuperação judicial, subiram 22,44% na manhã de hoje (09), chegando a R$ 19,11.
Os papéis entraram em leilão um pouco mais cedo, após alta de 19,2%, a R$ 18,60.
A MMX diz que, apesar de não ter sido intimida da decisão, apresentou pedido de reconsideração.
Bolha de ações nas empresas de Eike Batista
Em outubro, as ações da MMX chegaram a valorizar 810% em apenas uma semana, chegando ao maior valor desde 2014. Ações da companhia de construção naval OSX, também de Eike Batista, viram uma alta de 240% no mesmo mês.
Diante da situação, a Associação Brasileira de Investidores (Abradin) entrou com um pedido de investigação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), alegando que a disparada nos preços veio de “bolhas, frutos de manipulação“.
A B3 chegou a pedir explicações à MMX na ocasião da alta. A mineradora, por sua vez, argumentou que a valorização das ações estava relacionada a um comunicado divulgado pela empresa sobre a expectataiva de recuperar na Justiça o direito à exploração de minério na mina Emma.