A corrida para o mercado de ações acaba de ganhar um novo competidor de peso! A Circle, a gigante emissora da stablecoin USDC, acaba de oficializar seu pedido de IPO nos Estados Unidos. Sinalizando, assim, mais um marco na crescente integração entre o mundo das criptomoedas e o sistema financeiro tradicional. A gigante das stablecoins revelou números impressionantes em seu relatório. Apresentando uma receita robusta de US$ 1,68 bilhão em 2024 e um lucro líquido de US$ 156 milhões.
Circle segue o movimento de outras empresas em busca do capital institucional
A Circle não está sozinha nessa movimentação estratégica. O mercado de ETFs de criptomoedas também ferve, a Grayscale anuncou a conversão de mais um de seus fundos em ETF. Agora incluindo Bitcoin, Ethereum, XRP, Solana e Cardano, além de outros dois ETFs focados em Bitcoin. A VanEck também entrou na disputa, solicitando a aprovação do primeiro ETF de BNB da história.
Apesar de toda essa atividade no mercado, o Bitcoin, que serve como um farol para outras criptomoedas, reagiu negativamente após tarifas implementadas pelo governo Trump. Registrando, assim, uma queda de 8% nesta quinta-feira (3), refletindo uma aversão no mercado.
Um dos pontos de destaque no documento enviado pela Circle à SEC (Securities and Exchange Commission) é a aquisição da participação da corretora Coinbase na empresa por um montante significativo de US$ 209,9 milhões. Os dados financeiros divulgados pela Circle revelam um crescimento significativo na receita ao longo dos anos. Passando de US$ 772 milhões em 2022 para US$ 1,45 bilhão em 2023, culminando em US$ 1,67 bilhão em 2024.
No entanto, os lucros da empresa apresentaram uma queda anual, passando de US$ 769 milhões para US$ 268 milhões e, finalmente, para US$ 156 milhões no ano passado. Outro dado relevante é a diminuição no número de USDC em circulação em 2023. Um fenômeno ligado à breve perda da paridade da stablecoin com o dólar após turbulências no setor bancário.
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A Circle também não hesitou em apontar sua principal concorrente, a USDT, como um risco potencial para seus negócios. Curiosamente, a preocupação não reside na rivalidade direta entre as duas stablecoins. Mas sim na possibilidade de uma quebra da USDT, o que poderia gerar um efeito cascata negativo em todo o mercado de ativos digitais.
Gigante das stablecoins pretende popularizar o USDC
A tentativa de abertura de capital da Circle ocorre em um momento crucial para as stablecoins nos EUA. A proibição da criação de uma CBDC (Moeda Digital de Banco Central) pelo governo Trump abriu uma janela de oportunidade para o crescimento de empresas nacionais como a Circle.
A própria família Trump lançou recentemente sua própria stablecoin, a USD1. Com ventos regulatórios favoráveis e um mercado ávido por alternativas ao dólar tradicional, a Circle se posiciona para decolar no mercado de ações. Buscando, portanto, consolidar sua liderança no promissor universo das stablecoins.