O inquérito policial aberto pelo Grupo Bitcoin Banco (GBB) concluiu que não é possível dizer que houve qualquer ataque hacker contra a empresa, reportou o Cointelegraph.
O boletim de ocorrência procurava esclarecer o suposto ataque hacker ocorrido na empresa e que teria ocasionado a crise nos saques do Grupo Bitcoin Banco.
“Considerando que a investigação iniciada carece de qualquer prova documental das alegações de fraude. (….) Considerando as dezenas de incongruências já averiguadas: número de clientes que alegam terem seus fundos retidos pelo grupo; baixo valor da suposta fraude denunciada, frente ao volume de negócios das empresas e à dívida efetivamente apurado pelo administrador judicial (…) entendo o pedido de arquivamento é a medida que se impõe”, diz o inquérito Policial.
Assim, a Polícia Civil do Paraná após toda a investigação realizada, afirmou que não é possível determinar que houve qualquer tipo de ataque hacker ao GBB.
“Considerando, por fim, que o elastecimento desnecessário da presente investigação apenas e tão somente favorece aquele grupo econômico, permitindo que estes logrem diversas benesses legais sob o anteparo desta mesma investigação”, diz a decisão solicitando o arquivamento.
Após a denúncia sobre o ataque hacker no GBB, a Polícia passou a ouvir todos os envolvidos no caso, entretanto, segundo o inquérito, os depoimentos dados pelo Grupo Bitcoin Banco revelaram incoerências.
“(…) As extensas declarações (…) não foram satisfatoriamente congruentes. De fato, por vezes até contraditórias, não sendo raras as ocasiões em que um declarante imputar a responsabilidade ou ciência da questão levantada para o outro”, afirma a Polícia.
De acordo com as autoridades, mesmo que o ataque hacker tenha acontecido, não prejudicaria o GBB, e o Grupo continuaria honrando o compromisso com seus clientes.
“Claudio José de Oliveira aduziu que o prejuízo teria sido algo em torno de R$ 30 milhões e mais ou menos uns 1 mil Bitcoins. Ocorre que esse prejuízo total, cerca de R$ 60 milhões não teria o condão de infirmar a saúde financeira do grupo, impedido o pagamento dos clientes por tão largo período”, informa o inquérito.
O GBB alega também, que um dos problemas que causou o atraso nos pagamentos foi o fechamento de suas contas nos bancos tradicionais.
Entretanto, a Polícia informou que apesar das dificuldades e do fechamento das contas, isso não impediria o pagamento dos clientes.
“Esse detalhe, por si só, caracteriza de forma hialina a má-fé dos administrador do grupo (…) Deveriam ter permitido saque para outras carteiras, afinal, como restou veemente afirmado pelas Declarações de seu proprietário, a liquidez era absoluta”, trecho da declaração do inquérito.
O Criptonizando entrou em contato com o Bitcoin Banco, que declarou que aguarda posicionamento da Promotoria da Justiça sobre o inquérito.