O Bitcoin (BTC) recuou no final de semana, impactado pela deterioração das relações comerciais entre Estados Unidos e China.
Apesar de avanços regulatórios significativos para o setor cripto nos EUA, a principal criptomoeda do mercado registrou queda, influenciando também o desempenho do Ethereum (ETH).
Por que o Bitcoin está caindo?
No meio da tarde de sábado (31/05), o Bitcoin negociava em queda de 1,15%. Cotado a US$ 104.706,72, com um acúmulo de perda semanal de 6,60%.
O Ethereum também acompanhou o movimento, caindo 2,44%. Negociando, assim, a US$ 2.577,64, com um recuo semanal de 2,70%, segundo dados da Binance.
“O mercado de bitcoin reagiu a uma forte onda de liquidações: mais de US$ 600 milhões em posições compradas (longs) foram eliminadas, em meio a um aumento abrupto da volatilidade”, afirmou Alejandro Arrieche, da FxEmpire.
Além disso, o analista alerta que o rompimento de suportes pode sinalizar uma correção mais acentuada. Desse modo, os preços podem recuar para a faixa dos US$ 90 mil.
Tensão geopolítica e o medo do mercado
A tensão entre Washington e Pequim escalou, após o presidente dos EUA, Donald Trump, acusar a China de violar o acordo de trégua tarifária. Analistas apontam isso a deterioração das relações como a principal causa dessa queda.
Além disso, investidores também reagem a relatos sobre a possibilidade de novas restrições ao setor de tecnologia chinês.
“O Índice de Medo e Ganância, que estava em 65 (ganância), recuou para 61, indicando um enfraquecimento do apetite por risco”, acrescentou Arrieche.
Curiosamente, essa correção ocorre mesmo com o avanço de um ambiente regulatório mais favorável para as criptomoedas nos EUA. Destaques incluem o arquivamento do processo da SEC contra a Binance e o anúncio da Trump Media sobre a criação de uma reserva em Bitcoin de US$ 2,32 bilhões.
Além da apresentação do projeto de lei CLARITY na Câmara dos Deputados, buscando um marco regulatório para ativos digitais.
Apesar da correção desta semana, o Bitcoin acumulou uma alta de 10% em maio, mês em que superou os US$ 111 mil e renovou recordes históricos.
O Ethereum, por sua vez, disparou 42,5% no mesmo período. Esse desempenho positivo foi impulsionado por um ambiente regulatório mais construtivo, maior entrada de recursos via ETFs, interesse crescente de empresas e fatores macroeconômicos favoráveis.