O mercado de produtos cripto tem mostrado sinais claros de renovação no interesse dos investidores institucionais. Segundo um relatório recente da CoinShares, os fluxos de investimento em ETFs cripto acumularam US$ 3,2 bilhões na última semanas. Registrando a décima semana consecutiva de entradas positivas. Indicando, assim, uma forte demanda por esses ativos.
Bitcoin e Ethereum lideram entradas de investimentos
Esse período de influxo sustentado reflete uma mudança significativa no cenário do mercado cripto, que anteriormente enfrentava desafios como incertezas regulatórias e crises de confiança. A entrada de US$ 3,2 bilhões somente na última semana é a segunda maior em dezembro. Na primeira semana do mês foi registrado um influxo positivo de US$ 3,85 bilhões. Assim, totalizando US$ 44,5 bilhões de entradas em 2024.
Aliás, 45% das entradas de 2024 acontecerem nas últimas 10 semanas, que registraram um inlfuxo total de US$ 20,3 bilhões.
O Bitcoin e o Ethereum permanece como os principais destino dos recursos, acumulando 92% dos fluxos da última semana, o que equivale a US$ 3 bilhões.
Além dos dois gigantes cripto, outras altcoins como Solana e XRP também registraram ganhos expressivos em influxos. A Solana atraiu US$ 1,7 milhão, enquanto o XRP acumulou US$ 145,8 milhões, consolidando sua relevância em cenários específicos do mercado.
Brasil e o crescimento em produtos cripto
O mercado cripto brasileiro tem ganhado destaque no cenário global, especialmente devido ao aumento da adoção e da sofisticação de investidores locais. Segundo dados do relatório da CoinShares, o Brasil ficou na quarta posição em entradas de investimentos em produtos cripto. Atrás apenas de EUA, Suíça e Alemanha.
Além disso, o relatório aponta o país como um dos principais mercados emergentes para produtos cripto. Essa posição é sustentada por um forte interesse dos investidores em alternativas às aplicações financeiras tradicionais.
Na última semana, os fluxos de entrada em produtos cripto no Brasil alcançaram a marca de US$ 24,7 milhões. Desse total, 65% foram destinados a produtos de Bitcoin, enquanto Ethereum ficou com 20%.
A crescente popularidade de Solana também foi refletida no mercado local, captando 10% dos investimentos.
Além disso, o avanço de iniciativas como o Drex, moeda digital do Banco Central, tem criado um ecossistema favorável para o desenvolvimento de novas soluções baseadas em blockchain.
A diversificação de estratégias também é evidente no país. Investidores brasileiros têm mostrado interesse em produtos que oferecem hedge contra a volatilidade do mercado.