Em 2023, o Brasil concluiu o ano com reservas internacionais no valor de 124 bilhões de yuans, segundo o Banco Central (BC). O relatório da instituição chamou a atenção para o crescimento da participação da moeda chinesa, o renminbi (CNY), que, ao longo dos últimos anos, registrou um bom aumento nos cofres nacionais, subindo de 1,1% em 2019 para 4,8% no final do ano passado.
A composição das reservas brasileiras no fechamento de 2023 foi majoritariamente composta por 79,99% de dólares americanos, seguidos de 5,24% em euros, 4,8% em renminbi, 3,58% em libras esterlinas, 2,6% em ouro, 1,8% em ienes, 1,01% em dólares canadenses e 0,9% em dólares australianos. Esse montante totalizou o equivalente a US$ 355,03 bilhões.
De acordo com o BC, apesar da queda na participação do dólar dos EUA nas reservas, a moeda ainda segue como a principal no portfólio brasileiro, com uma redução de sua fatia de 86,77% para 79,99% entre 2019 e 2023.
Em 2021, o BC já havia reportado uma elevação da participação do renminbi nas reservas do Brasil, ao lado da inclusão do dólar canadense (CAD) e do dólar australiano (AUD).
Além disso, a autarquia apontou que, devido à sua característica anticíclica, o ouro passou a representar uma porção maior do portfólio de reservas, garantindo uma proteção adicional em momentos de incerteza no mercado global.