O Brasil está buscando liderar uma iniciativa inovadora no âmbito do BRICS. Atualmente na presidência do bloco, o país propôs o uso de blockchain para facilitar pagamentos internacionais entre os países membros. A proposta visa criar um sistema de pagamentos mais eficiente, transparente e com custos reduzidos. Para intermediar pagamentos de contratos de importação e exportação entre as nações participantes.
Brasil retoma debate de um sistema de pagamentos próprio para o BRICS
O objetivo principal é otimizar as transações financeiras entre os países do BRICS (Brasil, Índia, China, Rússia, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia). Com isso, utilizando a blockchain para agilizar os processos. Dessa forma, reduzindo a burocracia e diminuindo os custos associados às operações de comércio exterior.
A blockchain, conhecida por sua segurança e imutabilidade, pode trazer maior transparência e rastreabilidade para as transações. Além de eliminar intermediários e reduzir a dependência de sistemas de pagamento tradicionais.
No entanto, esse novo sistema não cita o desenvolvimento de uma moeda comum dentro do Brics. Esse projeto, chegou a ser defendido por Dilma Rousseff, atualmente na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). popularmente conhecido como o Banco do Brics.
Além disso, foi descartada a intenção de criar uma alternativa ao dólar, a ideia foi cogitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar do potencial inovador da proposta, ela enfrenta desafios importantes. A principal é a necessidade de evitar ações que possam ser interpretadas como uma ameaça ao domínio do dólar. Pois o dólar ainda mantém o posto de moeda de reserva global.
Os EUA podem adotar medidas retaliatórias caso percebam que a iniciativa do BRICS representa um risco para a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.
Contudo, a discussão sobre o uso da blockchain para facilitar pagamentos no BRICS deve ganhar força durante a reunião do bloco no Rio de Janeiro, em julho.
A iniciativa destaca, portanto, o crescente interesse em explorar as potencialidades da blockchain para modernizar e otimizar as transações financeiras internacionais. Fortalecendo, assim, a cooperação econômica entre os países do BRICS e buscando alternativas para o sistema financeiro global.