CADE quer saber quem são os principais clientes de 4 corretoras de Bitcoin do Brasil

Quatro corretoras brasileiras de criptomoedas receberam, na última quarta-feira (12), um ofício do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) solicitando informações sobre seus três maiores clientes.

De acordo com o documento enviado à Cryptex, Walltime, Coinext e Braziliex pela Superintendência-Geral do CADE, as empresas têm até a próxima segunda-feira (17) para acatar o pedido, conforme reportou o Portal do Bitcoin.

Os dados de contato dos principais investidores das exchanges também foram solicitados, com fundamento no inciso VI do artigo 13 da Lei nº 12.529/2011, que garante à Superintendência-Geral:

“Requisitar informações e documentos de quaisquer pessoas, físicas ou jurídicas, órgãos, autoridades e entidades, públicas ou privadas, mantendo o sigilo legal, quando for o caso, bem como determinar as diligências que se fizerem necessárias ao exercício de suas funções”, diz a lei.

O motivo do pedido não foi informado pelo CADE, que citou apenas o Inquérito Administrativo nº 08700.003599/2018-95, que apura se houve condutas concorrenciais praticadas por instituições bancárias com o objetivo de prejudicar as exchanges de criptomoedas.

Assim, a solicitação foi justificada “com o fito de instruir o referido processo”.

No entanto, o sigilo dos dados fornecidos ao CADE pelas corretoras deve ser solicitado:

“Na ausência de tal requisição, as respostas fornecidas serão tornadas públicas”, afirma o documento.

Bancos Investigados

Na semana passada, a exchange Mercado Bitcoin, maior da América Latina, abriu uma representação no CADE contra alguns dos principais bancos do país: BB, Bradesco, Itaú, Santander, Banco Inter e Banco Cooperativo Sicredi, alegando conduta anticompetitiva após diversas contas de corretoras cripto encerradas.

Segundo a exchange, os bancos agem de maneira proposital criando barreiras desnecessárias para as corretoras de criptoativos.

O órgão já havia aberto um inquérito administrativo para apurar a conduta dos bancos, que se defenderam afirmando que estavam seguindo as normas do Banco Central.

Após um ano, o inquérito para apurar se houve conduta abusiva por parte das instituições bancárias foi arquivado e, posteriormente, reaberto pela Conselheira Lenisa Rodrigues Prado, em maio deste ano.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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