Tigran Gambaryan, chefe de conformidade contra crimes financeiros da Binance, está completando seu sexto mês de detenção na Nigéria, com sua saúde se deteriorando rapidamente.
Gambaryan foi preso em 28 de fevereiro, com Nadeem Anjarwalla, chefe regional da Binance para a África. A detenção ocorreu sob ordens de Nuhu Ribadu, conselheiro de segurança nacional e ex-chefe da agência de combate à corrupção do país.
A Comissão Econômica e de Crimes Financeiros (EFCC) da Nigéria acusou os executivos e a Binance de operar “negócios especializados de outras instituições financeiras sem licença válida”.
O apelo da Binance
Com o julgamento de Gambaryan marcado para 2 de setembro, Richard Teng, CEO da Binance, aproveitou para relatar as resoluções de disputas regulatórias da empresa em vários países. Em um post na rede social X, ele listou como a exchange de criptomoedas conseguiu resolver questões regulatórias nos EUA, Tailândia, Brasil e Índia de maneira colaborativa e sem a detenção de funcionários.
“Ao longo dos anos, tivemos sucesso em resolver problemas em diferentes países, sempre de forma razoável e amigável com os governos. Nenhuma dessas resoluções envolveu ameaças ou danos aos nossos colaboradores”, afirmou Teng.
Sobre a Nigéria, ele refutou as alegações de que a empresa teria responsabilidade pela queda da moeda nigeriana, atribuindo as flutuações da Naira a fatores macroeconômicos e decisões governamentais.
“A descontinuação do peg da Naira pelo governo em junho de 2023 provocou a maior queda da moeda em sua história, passando de USD 1:460 para USD 1:900 até o final de 2023. A tendência de baixa continuou desde então”, explicou Teng.
Assim, o CEO da Binance fez um apelo para a intervenção dos EUA e a advocacia global a favor da liberação de Gambaryan por razões humanitárias. Ele solicitou que o governo dos EUA designasse o executivo como um “detido ilegalmente” no exterior, ressaltando a necessidade de pressão política para resolver a situação.