O ex-diretor do Banco Central (BC), Beny Parnes, comentou que o Bitcoin (BTC) e as criptomoedas são irrelevantes e devem ser reguladas pela Polícia e não pelo BC.
Beny já atuou como diretor de assuntos internacionais no Banco Central do Brasil, conforme reportou o Cointelegraph.
De acordo com ex-diretor do BC, “Digital Bank eu acho que tem um problema de arbitragem regulatória e criptomoeda é uma coisa que eu nem olho porque eu acho que é completamente irrelevante”.
Não se deve “perder tempo” em regular este mercado, afirma Beny, pois quem deve fazer isso é a esfera criminal, declarando que as criptomoedas estão associadas a práticas criminosas.
“Desculpe aqui as pessoas que usam isso, mas eu acho que elas são muito mais da esfera criminal do que regulatória”, declarou.
Beny comentou em uma live promovida pelo Banco BTG Pactual em parceria com a PUC Rio, que “investimentos a gente tem que olhar depois”.
Embora o ex-diretor ache as criptomoedas irrelevantes, o BC já declarou que estuda uma regulamentação para o setor.
“Estamos estudando. Inclusive, no âmbito do Gafi (Grupo de Ação Financeira Internacional) é uma necessidade para enquadramento internacional’, declara o diretor de organização do sistema financeiro e resolução, João Manoel Pinho de Mello.
De acordo com Mello, a necessidade de regulamentar o mercado de criptomoedas é uma demanda que vem sendo debatida pelos países no G20.
Os países delegaram ao Gafi que as regras devem ser seguidas pelas nações que integram a organização multilateral.
Uma das regras sugeridas, resultou na IN1888 da Receita Federal, que determina que as exchanges de criptomoedas informem ao órgão regulador todas as transações para controle de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo.
Contudo, como forma de pagamento, o BC declarou que o BTC é irrelevante, e não concorre com serviços financeiros.
O Banco Central aprovou recentemente, o uso da tecnologia blockchain no mercado de câmbio, para aprimorar dispositivos sobre a assinatura eletrônica de contratos de câmbio.