O mercado financeiro revisou para cima a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil.
De acordo com a Agência Brasil, a nova expectativa para o IPCA em 2024 é de 4,55%, ultrapassando o teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que definiu uma meta central de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A projeção para 2025 também subiu, chegando a 4%.
Para os anos seguintes, 2026 e 2027, o mercado estima uma inflação mais controlada, de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Selic e combate à inflação
O Banco Central, para conter a inflação, recorre à taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano. Após cortes sucessivos, o mercado espera que a taxa básica suba novamente, encerrando 2024 em 11,75% ao ano, com uma projeção de queda gradual até 2027, quando poderá atingir 9% ao ano.
O próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em 5 e 6 de novembro, pode trazer um novo ajuste.
PIB e desempenho econômico
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro trouxe surpresas positivas: com crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano e projeção de 3,08% até o final de 2024, o cenário se mostra mais aquecido do que o esperado.
Para 2025, 2026 e 2027, a expectativa é de um crescimento mais modesto, em torno de 2% ao ano, sinalizando uma visão de médio prazo com estabilidade econômica, apesar dos desafios inflacionários.
Dólar e projeção de câmbio
A valorização do dólar frente ao real é outro fator a observar. Com o câmbio projetado a R$ 5,45 para o final deste ano e R$ 5,40 para o final de 2025, o mercado ajusta suas previsões de acordo com a inflação e as taxas de juros.