Em Davos, governos questionam teoria de livre mercado e querem mais controle

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Em um debate em Davos em 2019, o bilionário Michael Dell, explicou como cobrar impostos mais altos dos ricos nunca deram muito certo em lugar nenhum, conforme reportagem da Exame.

O professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Erik Brynjolfson, disse que “os impostos funcionaram muito bem na memória viva do próprio país de Dell, os Estados Unidos”.

Para as próximas gerações talvez o mercado não siga o mesmo modelo que os executivos que prosperaram com 40 anos ou mais de políticas que incentivaram empresas e mercados livres.

Em vez de abordagens com pouco controle, os governos se preparam para um papel mais ativo na condução das economias, para enfrentar os grandes desafios da próxima década, referente ao aquecimento global, desigualdade e a corrida das grandes potências por vantagem tecnológica.

Políticos da Europa, Ásia e dos EUA estão adotando cada vez mais esta ideia.

Segundo Adair Turner, ex-presidente da agência reguladora do setor bancário do Reino Unido, afirma que “já deixamos o pico do ‘laissez-fraire’ para trás de várias maneiras”.

Para ele, o modelo de mercado livre foi deixado para trás no sistema financeiro há 10 anos, quando quase explodiu a economia mundial.

Turner declara que “demorou mais tempo em outras áreas, mas as pessoas estão percebendo  necessidade de uma direção estratégica em áreas como mudança climática.”

Republicanos e democratas dos EUA, querem cada vez mais administrar o comércio internacional, em vez de deixar a cargo dos mercados.

Segundo relatório do BofA Global Research, o acordo comercial inicial assinado na semana passada sugere que “quanto mais bem-sucedido o acordo, maior a tendência de economias administradas pelo Estado, tanto na China quanto nos EUA”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, realizou cortes de impostos para empresas e indivíduos, mantendo a ortodoxia republicana desde o governo de Ronald Reagan, presidente em 1987.

Entretanto, o aumento da concorrência com a China, principalmente do comércio, levou alguns republicanos a repensarem o assunto, já que a China possui uma política industrial dirigida pelo governo, os EUA também querem uma.

Alguns países da Europa como a Alemanha e a França, tem discutido sobre empreendedorismo, para criar líderes continentais capaz de competir globalmente em áreas como baterias de carros.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está trabalhando para criar mais espaço para autoridades administrarem fluxos de capital e intervirem nos mercados de câmbio.

Economistas do FMI e de outros países estão vendo cada vez mais um papel maior para os governos administrarem economias com  política fiscal.

Os bancos centrais assumiram a liderança alterando o preço do crédito, entretanto, as taxas de juros estão paradas em baixos níveis há mais de uma década, enquanto empresas e famílias se sentem afetadas de alguma maneira.


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