Após comunicado emitido por instituições nacionais chinesas reiterando a proibição, implmentada em 2017, do Bitcoin e de demais criptoativos por parte de instituições financeiras, o Bitcoin e o mercado de criptomoedas amanheceu com quedas que levaram os preços para patamares de janeiro.
A Associação Financeira da Internet, a Associação dos Bancos e a Associação de Pagamentos e Compensação da China emitiram comunicado reiterando a proibição da utilização de Bitcoin e demais criptomoedas por parte de instituições financeiras locais.
Confira:
“Recentemente, os preços das moedas virtuais dispararam e despencaram, e a especulação com o comércio de moedas virtuais se recuperou, o que prejudicou seriamente a segurança da propriedade das pessoas e perturbou a ordem econômica e financeira normal.”
O comunicado explicita a proibição do uso de criptoativos, dentre outras coisas, como forma de pagamento e unidade de conta e afirma que “instituições relevantes não devem conduzir negócios relacionados com moedas virtuais”.
“Moeda virtual é uma mercadoria virtual específica que não é emitida pela autoridade monetária, não tem propriedades monetárias como compensação legal e compulsão, não é uma moeda real e não deve e não pode ser usada como moeda no mercado. “
O governo chines não reiterou a proibição da posse dos criptoativos por indivíduos, e afirmou que “consumidores devem melhorar sua conscientização sobre a prevenção de riscos e tomar cuidado com a perda de propriedade e direitos.”
A China e o Bitcoin
Essa não é a primeira vez que a ditadura chinesa restringiu a liberdade financeira de suas empresas e indivíduos.
A anos, o Partido Comunista Chines (PCC) trava uma batalha direta contra as liberdades individuais de seus cidadãos, restringindo o acesso de tecnologias disruptivas e descentralizadas, como a internet e as criptomoedas.
Mas por mais que as punições para os transgressores das ordens do governo sejam proibitivas, a utilização de VPNs e técnicas para se garantir o anonimato e privacidade em meio a um estado de vigilância totalitário nunca deixam de ser utilizados em massa no país.
Com a criação do Yuan Digital, uma CBDC (uma moeda digital emitida por um banco central), os incentivos para a restrição do uso de criptomoedas no país certamente cresceram.
À medida que os governos e estados nacionais tentam restringir a revolução do Bitcoin, das criptomoedas e das tecnologias descentralizadas, o cerco para a criação de estados totalitários se aperta em todo mundo, puxado pelo poder, dinheiro e influência da ditadura chinesa.
É natural imaginar que as instituições centralizadas lutarão para defender o seu poder soberano e absolutista de emitir a moeda vigente. Se tais medidas chegarão ao ocidente, saberemos nos próximos anos quando as CBDCs estiverem em circulação.
Vale ressaltar que no século passado a “Terra da Liberdade”, os Estados Unidos da América, proibiram a comercialização e posse de ouro por parte dos seus cidadãos para proteger a soberania do dólar ou qualquer desculpa inventada por burocratas para pilhar.
Uma ‘guerra criptográfica’, termo cunhado pelos cripto-anarquistas décadas atrás, pode estar se iniciando.
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