O ETF Bitcoin Mining da Valkyrie Capital, focado em empresas de mineração de BTC que utilizam energia renovável, foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e deve ser lançado na terça-feira na Nasdaq sob o código “WGMI”.
De acordo com o pedido apresentado no final de janeiro, 80% dos ativos do ETF estão focados em empresas que obtêm pelo menos 50% de seus lucros totais com a mineração de Bitcoin.
Além disso, o ETF Valkyrie Bitcoin Mining é focado principalmente em empresas que usam pelo menos 77% de energia renovável.
A utilização de energias renováveis está sendo uma preocupação para parte dos investidores institucionais, que prezam pela política de investimento ESG – Meio Ambiente, Social e Governança.
Como a mineração de Bitcoin é uma atividade que utiliza muita energia elétrica para dar segurança à rede, há interesse por parte dos investidores de que o processo seja feito com energias renováveis.
As maiores participações do ETF são as mineradoras Argo Blockchain, Bitfarms, Cleanspark, Hive Blockchain e Stronghold Digital Mining.
Em uma entrevista recente, a CEO da Valkyrie Capital, Leah Wald, disse que os investidores têm “um foco maior e desejo de ganhar exposição às mineradoras de Bitcoin”.
Wald também citou o êxodo de mineradores de Bitcoin da China para lugares como Nova York e Washington como outra razão por trás do ETF.
O ano de 2020 e 2021 foram marcados pelo grande número de mineradoras de Bitcoin abrindo o seu capital em bolsa.
Este está sendo um grande marco para a criptomoeda, que se torna cada vez mais segura, conforme mais hashpower é direcionado à rede.
A abertura de capital permite que as mineradores tenham acesso a crédito barato, além de maior facilidade para se financiar.
Como consequência, uma atividade que era no passado predominantemente caseira e individual, está se tornado uma verdadeira indústria bilionária.
O ETF é o mais recente de uma onda de fundos negociados em bolsa focados em criptomoedas. No início deste mês, a Grayscale anunciou o seu ETF “Futuro das Finanças” focado em empresas de criptomoedas e fintechs.
Mas nem todas as tentativas recentes de ETFs com foco em criptomoedas foram bem-sucedidas nos Estados Unidos.
Há anos, a SEC vem rejeitando reiteradamente a aprovação de um ETF de Bitcoin voltado para o mercado spot. Em contraste, a instituição já aprovou vários ETFs para o mercado futuro de BTC.
O interesse corporativo em criptomoedas parece estar em ascensão, com a divisão canadense da empresa de contabilidade e auditoria KPMG anunciando que investiu em Bitcoin e Ethereum recentemente.
Você já investiu na mineração de Bitcoin? Deixe na seção de comentários abaixo.
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