Especialistas explicam por que o Ethereum não consegue acompanhar a alta histórica do bitcoin

Enquanto o bitcoin (BTC) não para de atingir novos recordes, o Ethereum (ETH) não para de decepcionar. A principal altcoin do mercado teve um péssimo desempenho este ano, com o índice ETH/BTC registrando sua menor taxa desde março de 2021.

Apesar de uma leve recuperação para 0,34 após uma queda de 1,54% no dia, a relação ainda aponta para a força dominante do bitcoin sobre o Ethereum.

Competição cada vez mais pesada

Ao comentar esse momento do ETH, o analista Steven Zheng disse que a plataforma de contratos inteligentes está em um momento delicado, competindo tanto com o bitcoin, como reserva de valor, quanto com a Solana (SOL), que vem ganhando força no mercado de DeFi.

“Os investidores estão incertos sobre a proposta de valor do Ethereum no curto prazo, considerando a ascensão da Solana em métricas importantes como taxas de transação e volume em exchanges descentralizadas”.

A rede da SOL tem se destacado com a emissão de memecoins, que representam 94% dos novos tokens lançados em DEXs, superando o Ethereum em diversos aspectos operacionais.

Assombro da regulação no mercado do ETH

Já Rachael Lucas, analista da BTCMarkets, atribuiu o desempenho morno do Ethereum às especulações sobre sua possível classificação como valor mobiliário nos Estados Unidos.

Para Lucas, o ETH pode se recuperar caso o sentimento do mercado melhore, seja por avanços técnicos ou pelo aumento do interesse em seus casos de uso.

O longo prazo ainda é positivo

Peter Chung, chefe de pesquisa da Presto Research, destacou que o momento desfavorável do Ethereum não necessariamente se estenderá no longo prazo. Ele apontou que a administração Trump pode criar um ambiente receptivo à inovação cripto, possibilitando a expansão de projetos Web3 em várias blockchains.

“Ainda estamos nos estágios iniciais da indústria blockchain, e subestimar o Ethereum seria precipitado, considerando o sucesso da comunidade ao longo dos anos”.