O Ethereum hoje está prestes a passar por novas mudanças. Vitalik Buterin, o cofundador da rede, acaba de lançar uma perspectiva sobre quando as plataformas de camada 2 (L2) baseadas em rollups devem transitar para um modelo descentralizado. De forma direta ele diz: “o quanto antes” não é a resposta correta. Além disso, a decisão deve ser guiada pela segurança e pela robustez dos sistemas de prova.
Segurança do Ethereum hoje em primeiro lugar
Buterin explicou em uma publicação no X que o momento ideal para a descentralização de rollups depende de um equilíbrio delicado. As plataformas devem se descentralizar somente quando a probabilidade de falha do sistema for tão baixa que os riscos introduzidos pela centralização se tornem a maior ameaça. Ou seja, a descentralização apropriada ocorre quando o sistema se torna tão seguro que a concentração de poder representa o ponto mais vulnerável.
Essa visão ganha contornos importantes no contexto da segurança no espaço cripto. Constantemente, sistemas que gerenciam ativos significativos são atacados por cibercriminosos. Dentre eles, grupos apoiados por países, como o Lazarus Group. Mesmo sem programas de recompensas por bugs, eles dissecam o código desses projetos em busca de falhas.
Daniel Wang, fundador e CEO da exchange descentralizada Loopring, sugeriu a introdução de uma nova métrica para código resiliente: “BattleTested” (testado em batalha). Esse selo seria concedido a rollups que protegessem consistentemente quantias significativas de ativos por um período considerável. Resistindo, assim, a ataques de hackers avançados. Buterin concorda com a análise de Wang. Ressaltando também que a qualidade do sistema de provas se trona crucial para a segurança. Não apenas o estágio de descentralização.
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Especialistas como Mike Tiutin, diretor de tecnologia do protocolo PureFi, alertam que descentralizar cedo demais pode deixar os usuários vulneráveis se o sistema de provas não for suficientemente seguro. Ele afirma que, em um rollup descentralizado, um único bug pode levar à perda de bilhões sem possibilidade de reversão. Enquanto em um modelo centralizado, conselhos podem intervir para corrigir problemas.
Dominick John, analista da Kronos Research, reforça que “descentralização não se trata de uma corrida, e sim de uma responsabilidade de longo prazo compartilhada por todo o ecossistema”. Portanto, apressar a transição para o estágio 2 coloca a ideologia acima da segurança.
Não descentralizar também impõe riscos a rede
No entanto, apesar dos perigos de descentralizar prematuramente, alguns especialistas destacam os riscos de nunca se descentralizar. Arthur Breitman, cofundador da Tezos, argumenta que rollups proeminentes do Ethereum hoje são fundamentalmente custodiais. Fundamentalmente, com entidades privilegiadas controlando a lógica central, comprometendo a integridade dos ativos.
Portanto, essa visão de Buterin sobre a descentralização de rollups prioriza a segurança e a robustez do sistema de provas. Buscando, desse modo, garantir que a transição para um modelo descentralizado realmente beneficie a rede e seus usuários, em vez de criar novas vulnerabilidades.