Na última quinta-feira (12), a SEC entrou com uma ação contra o grupo de gerenciamento de ativos digitais Genesis e a exchange de criptomoedas Gemini. O comportamento da comissão fez com que Tyler Winklevoss fosse às redes sociais se queixar.
De acordo com o empresário, a agência está sendo imprudente e de nada ajudou os investidores do Earn na meta de resgate de fundos. Além disso, ele argumentou que o programa de rendimentos da sua empresa foi regulamentado pela NYDFS.
Winklevoss disse que a sua exchange está em conversa com a SEC sobre o Earn há mais de 17 meses e “eles nunca levantaram a perspectiva de qualquer ação de execução até DEPOIS da Genesis interromper as retiradas em 16 de novembro“.
Essa informação vai em direção a revelação da ex-chefe de fiscalização da SEC, Lisa Braganza que afirmou que o fiscalizador estava ciente do produto “mas permitiu que continuasse”.
SEC sabia de tudo
Braganza concedeu as informações quando foi entrevistada no Squawk Box da CNBC. Além de falar sobre as alegações da SEC contra a Genesis e a Gemini, ela comentou sobre as circunstâncias que cercam o caso.
Segundo a entrevistada, o órgão de monitoramento estava investigando o produto de empréstimo cripto da Gemini há algum tempo. No entanto, não tomaram uma atitude, mesmo acreditando na possível fraude que era esse sistema.
A ex-funcionária da SEC ainda disse que a inação do fiscalizador continuou até quando o mercado de criptomoedas passou pelo colapso de novembro. Na época, a FTX declarou falência e a Genesis e a Gemini pararam de pagar seus clientes.
Como bem destacado por Tyler Winklevoss, Braganza enfatizou que a SEC demorou mais de dois meses para tomar alguma providência sobre o ocorrido.
“A SEC tem deixado claro há anos que algo como esse programa Earn é um título, então é intrigante por que eles não chegaram a uma resolução há muito tempo, meses e meses atrás”.
Ela também declara que desde junho de 2022 a SEC sabia que a Genesis estava conduzindo negócios nos Estados Unidos de maneira não solvente.
Não foi apenas a SEC o alvo das críticas de Braganza. Ela argumentou que a Gemini confiou cegamente na solvência da Genesis e não fez a devida pesquisa para manter a segurança de seus usuários.