BRICS: China anuncia o desenvolvimento de sistema de pagamentos globais

BRICS

A China, integrantes do BRICS, acaba de dar um passo importante no tabuleiro financeiro global. Assim, lançando oficialmente um plano estratégico para desenvolver seu próprio sistema internacional de pagamento. A iniciativa visa desafiar diretamente o domínio do dólar e a hegemonia da rede SWIFT. Dessa forma, abrindo um novo caminho para os fluxos financeiros em um mundo onde as tensões monetárias internacionais se intensificam.

Essa ofensiva coordenada por Pequim não passa despercebida por governos, mercados e grandes instituições financeiras.

China pretende reduzir a dependência ao SWIFT

O governo municipal de Xangai, com o apoio irrestrito do Banco Popular da China (PBoC), deu a largada oficial a um plano ambicioso para aumentar o uso do yuan em transações transfronteiriças. O objetivo central é “desenvolver um sistema internacional de pagamento independente”, apoiando-se no Cross-Border Interbank Payment System (CIPS).

Essa rede chinesa já conta com uma base considerável de mais de 1.300 instituições financeiras em 110 países. Posicionando-se, assim, como uma alternativa viável e confiável ao SWIFT, que há anos domina o setor de pagamentos internacionais.

As autoridades chinesas não escondem seus objetivos. Elas buscam fortalecer a internacionalização do yuan e apoiar ativamente a expansão de empresas chinesas no exterior. Oferecendo soluções de financiamento e pagamento alternativas ao dólar americano. Um dos principais eixos do plano inclui o fortalecimento do CIPS para favorecer pagamentos diretos em yuan.

Otimizando, portanto, os serviços financeiros multinacionais em Xangai para facilitar as trocas comerciais e reduzir a dependência da rede SWIFT. Diminuindo, assim, a exposição às pressões financeiras externas.

Novo sistema deve fortalecer a relação entre os países do BRICS

A escolha estratégica de Xangai para liderar essa ofensiva não é aleatória; a cidade desempenha um papel central na economia chinesa e serve como um laboratório para reformas financeiras internacionais.

Além do simples fortalecimento do CIPS, a China demonstra sua intenção de remodelar a arquitetura financeira global. Pequim busca oferecer aos membros dos BRICS e a outros países uma alternativa real ao dólar, promovendo pagamentos transfronteiriços em yuan dentro do bloco econômico.

Essa iniciativa não apenas facilita as trocas comerciais entre os países membros, mas também busca reduzir a exposição ao sistema bancário americano. Visto por alguns como um instrumento de influência geopolítica, por exemplo. O desenvolvimento de um ecossistema de pagamentos autônomo tem o potencial de transformar profundamente a dinâmica do comércio internacional. Além de permitir que os países realizem seus fluxos financeiros bilaterais com parceiros estratégicos fora da influência ocidental.

Essa estratégia se alinha com outras iniciativas recentes dos BRICS, que buscam promover o uso de moedas locais e estabelecer instituições financeiras independentes. Sinalizando, portanto, uma virada importante rumo a uma ordem monetária multipolar.

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