A relação entre Donald Trump e o atual presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nunca foi fácil. O recém-eleito presidente dos Estados Unidos nomeou o comandante do Fed para o cargo em 2016, mas começou a criticar suas decisões já em 2018 pela política de manutenção de juros altos, que não atendia às suas expectativas de crescimento econômico acelerado.
Agora, com a volta de Trump ao poder, as tensões entre ambos podem ressurgir.
Desavenças dos republicanos
Durante seu mandato, o republicano pressionou o presidente do Fed para reduzir as taxas de juros, argumentando que isso estimularia a economia. No entanto, Powell manteve sua postura para conter a inflação.
Em um momento, Trump cogitou a possibilidade de demitir Powell, mas o presidente do Fed afirmou que resistiria a qualquer tentativa nesse sentido, inclusive com uma ação judicial se necessário. Para ele, a independência do Federal Reserve é importante para que a instituição funcione sem influência política.
Em 1970, o então presidente dos EUA, Richard Nixon, pressionou o governante do Fed da época, Arthur Burns, a manter os juros baixos, gerando uma inflação descontrolada.
Desde então, a autonomia do Federal Reserve tem sido defendida como uma barreira contra intervenções políticas que possam comprometer a economia.