Nos últimos anos, especialmente após 2020, vimos um movimento ainda pequeno, porém significativo, de governos, instituições e nações soberanas adotando de alguma forma o Bitcoin (BTC), seja através da mineração, compra ou incentivos para a indústria.
Atualmente, três pequenos países permitem a compra de cidadania ou visto de residência permanente por meio do bitcoin.
Este é o caso de Antígua e Barbuda, um conjunto de ilhas entre o Oceano Atlântico e o Caribe, Vanuatu, um arquipélago de 300 ilhas próximas a Austrália e El Salvador, a nação latina-americana que foi a primeira do mundo a adotar o Bitcoin como moeda legal.
A compra de cidadania em outra jurisdição pode ser uma ótima alternativa como estratégia de diversificação, uma vez que blinda o investidor de eventuais problemas em seu país de origem.
Certamente, muitos cubanos e venezuelanos sentem hoje grande necessidade de possuir uma outra jurisdição para se apoiar, visto o colapso societal apresentado nesses países e a imposição de governos tirânicos.
Do ponto de vista do estado que está cedendo cidadania, está também é uma oportunidade para atrair capital estrangeiro e investimentos para o país.
Normalmente, países que cedem cidadania também oferecem benefícios fiscais a empresas e indivíduos, que dessa forma possuem ainda mais incentivo para possuir uma segunda residência jurídica e fiscal.
El Salvador está oferecendo cidadania permanente para quem investir pelo menos o equivalente a 3 bitcoins no seu Bitcoin Volcano Bond.
O Bitcoin Bond, que deve ser lançado ainda em março de 2022, pretende arrecadar US$ 1 bilhão, que será direcionado para a compra de mais btcs para os cofres e do governo e para financiar a construção da infraestrutura básica da Bitcoin City.
Venda de terras soberanas
A emissão de bitcoins é bem definida e previsível. Atualmente, pouco menos de 19 milhões de moedas já foram mineradas pela rede. Restam apenas 2 milhões de moedas para serem extraídas ao longo dos anos.
Em um cenário onde o BTC se torna o ativo financeiro dominante, semelhante ao papel atual do dólar americano e do ouro, as forças econômicas de poder do mundo podem ser alteradas drasticamente.
O poder econômico do mundo está atualmente concentrado em governos e instituições públicas e privadas próximas ao estado.
Isso ocorre pois o sistema fiduciário, que permite a livre criação de moeda por parte do governo sem qualquer tipo de contraparte, proporciona uma enorme concentração de riqueza no estado ao custo do empobrecimento da sua população.
O Bitcoin é um ativo escasso, cuja oferta é limitada a 21 milhões de moedas. Neste ambiente, o poder financeiro e econômico estará concentrado na nova nobreza mundial, que será composta por aquelas pessoas que conseguiram acumular milhares ou centenas de bitcoins.
Felizmente, a maior parte desses ativos já foi acumulada e guardada pelos primeiros participantes da rede e por baleias que estão entrando agora no mercado, como os lendários programadores Nick Szabo e Adam Back, e as empresas Tesla e MicroStrategy.
Acredito que a maior parte desses bitcoins não estão à venda por dólares ou moeda fiduciária, mas por outros ativos com valor real, como terras soberanas e títulos nobiliárquicos (títulos de nobreza).
Em um ambiente em que governos têm dificuldade histriônica para cobrar impostos e emitir moeda, restam poucas alternativas para os estados nacionais manterem a sua hegemonia econômica e importância.
Essa seria uma solução ótima para governos acumularem o bitcoin.
Considere doar alguns satoshi para: 14i1WG55R26rimJUGBtFWMPMiuBdB527v1
Você gostaria de ser o rei da sua terra soberana ou possuir um título da alta nobreza com privilégios? Deixe na seção de comentários abaixo
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