Grupos pró-Rússia arrecadam milhões em BTC e ETH

Rússia proíbe depósitos anônimos em carteiras digitais

Políticos dos EUA, como a senadora Elizabeth Warren, levantaram preocupações no início deste ano sobre a possibilidade de a Rússia usar criptomoedas para evitar sanções. 

A Chainalysis hoje destacou um grupo pró-Rússia que afirma estar fazendo exatamente isso. 

O Projeto Terricon, que vem solicitando doações em criptomoedas para apoiar grupos de milícias russas, “declara explicitamente em seu site que estão usando criptoativos devido à imposição de sanções”, afirma o relatório.

“As postagens de mídia social dos grupos indicam que uma grande parte desses fundos está sendo usada para equipar grupos paramilitares”, disse Chainalysis. 

O relatório afirma que cerca de metade das contas que coletam doações solicitaram publicamente apoio a milícias localizadas em Donetsk e Luhansk – territórios sancionados pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).

O cofundador da Chainalysis, Jony Levin, argumentou em março que o potencial da criptomoeda ser usada para evitar sanções era limitado, uma vez que grandes quantias (de mais de US$ 1 bilhão, por exemplo) poderiam ser facilmente rastreadas em redes públicas de blockchain. 

O relatório da empresa de rastreamento de criptomoedas de hoje, no entanto, sugere que pequenas doações de criptomoedas são realmente possíveis, e talvez até atraentes, para entidades sancionadas.

Os US$ 2,2 milhões recebidos por grupos russos, segundo a Chainalysis, ainda são ofuscados pelas dezenas de milhões doados para a Ucrânia. 

O vice-ministro do Ministério da Transformação Digital da Ucrânia, Alex Bornyakov, solicitou publicamente doações em criptomoedas desde o início da guerra.

Em março, a empresa de análise Elliptic colocou o total arrecadado por grupos ucranianos em doações de criptomoedas em US$ 64 milhões, embora o próprio Bornyakov tenha dito que estava “perto de US$ 100 milhões” na época.

Apesar de ambos os governos estarem abertos ao uso do Bitcoin e de criptoativos, eles vem restringindo o uso dos ativos digitais para suas populações.

A Ucrânia proibiu recentemente a compra de criptoativos com a moeda local.

Em julho, a Rússia aprovou uma lei que proíbe o uso de criptomoedas como meio de pagamento pela população.

Anteriormente, um alto membro do governo russo afirmou que o país estaria disposto a vender commodities por bitcoin, caso houvesse algum país disposto a pagar com o criptoativo.

O bitcoin é negociado a US$ 23 mil, com queda de 2,36% nas últimas 24 horas.

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Leia mais: Brasil pode se tornar centro mundial para mineração de Bitcoin (BTC) com nova lei em discussão

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