Nove pessoas se reuniram e montaram um estudo acadêmico no qual revela informações sobre Satosh Nakamoto, o criador do Bitcoin. O estudo ainda aponta dados sobre os primeiros dias do Bitcoin, mostrando um sistema frágil e vulnerável.
O destaque vai para a quantidade de bitcoins que Nakamoto possui. Após minerar 22.171 blocos, quando as recompensas eram de 50 BTC, o criador do Bitcoin acumulou cerca de 1.108.550 BTC, ou seja, mais ou menos R$162 bilhões.
Essa estimativa foi possível por conta de um padrão encontrado nos blocos minerados pelo criador do BTC.
Ainda encontramos no estudo informações que mostram o quanto o Bitcoin era vulnerável em seu início, conforme havia poucos minerados. Na ocasião, apenas 64 pessoas, incluindo o criador da criptomoeda, mineravam a maioria dos blocos.
Isso aconteceu até 2011, quando o BTC atingiu paridade com o dólar.
O criador do Bitcoin provavelmente é americano
Além das análises referentes a dados on-chain, o estudo ainda investigou os horários de atividades do criador do Bitcoin em diversos meios de comunicação. Ou seja, e-mails, postagens no Bitcointalk e momentos onde seu minerador estava offline.
Os períodos de inatividade apontam que Satoshi Nakamoto ficava fora da rede por cerca de 8 horas. Assim, entre 22 e 6 horas ou entre 1 e 9 da manhã considerando os fusos horários dos EUA.
“Esses dados estão de acordo com a possibilidade de que Satoshi Nakamoto estivesse vivendo na América do Norte ou do Sul”, aponta o estudo.
“Claro, não podemos descartar a possibilidade de que Satoshi Nakamoto tendesse a dormir em horários alternativos em relação ao seu fuso horário.”
Moeda frágil e vulnerável
Atualmente, a mineração do Bitcoin chega a ser uma questão ambiental devido ao grande consumo de energia. Entretanto, no início a realidade era bastante diferente.
Na época, apenas 64 pessoas, incluindo Satoshi Nakamoto, tiveram o papel na segurança do Bitcoin. Isso, até quando a criptomoeda atingiu paridade com o dólar, ou seja, chegou a US$1.
Entre janeiro e julho de 2009, o estudo mostra que apenas Nakomoto acreditava em seu projeto. Aos poucos, novas pessoas começaram a dedicar seus equipamentos para minerar BTC que, naquela ocasião, não valia nada ou apenas alguns centavos de dólar.
Considerando o baixo hash rate, podemos ver de longe que o Bitcoin poderia ter sofrido diversos ataques naquela época.
Portanto, com baixo valor financeiro e poucas pessoas interessadas a se dedicar à mineração da moeda, o período certamente foi o mais crítico do Bitcoin. Entretanto, o interesse em atacar a rede parecia ainda menor, o que fez com que o mesmo permanecesse vivo.
Treze anos separa aquela época e os dias atuais. Hoje, o Bitcoin está mais seguro e descentralizado do que nunca.
A moeda se transformou em um grande alvo devido aos seus valores monetários, justificando o interesse de muitos em defendê-lo.
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