As autoridades da Venezuela ordenaram os mineradores de bitcoin locais a interromper temporariamente as operações enquanto inspecionam um grande esquema de corrupção avaliado em até US$ 20 bilhões, que envolve o roubo de energia no país.
Pessoas que fazem parte do círculo interno do presidente Nicolás Maduro são suspeitas de orquestrar o crime que envolveu a empresa nacional de petróleo e gás, a Petróleos de Venezuela.
As autoridades também exigiram que outros negócios de criptomoedas, incluindo exchanges e plataformas de pagamento, parassem de operar durante a investigação.
Postagens em plataformas de mídia social revelaram recentemente que a Polícia Nacional Anticorrupção começou a inspecionar empresas domésticas de mineração de bitcoin para encontrar qualquer ligação entre elas e os vazamentos de corrupção no setor de energia.
Os agentes da lei também verificaram se os mineradores têm a autorização necessária e a documentação em dia para operar no país.
Ainda não se sabe quando as entidades cripto venezuelanas podem retomar as operações e quanto tempo durará a investigação. Alguns acreditam que o presidente Maduro pode reestruturar a SUNACRIP ou criar uma nova agência reguladora do zero.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, as criptomoedas também podem ter desempenhado um papel em outras atividades ilegais na Venezuela nos últimos anos. A Homeland Security Investigations (HSI) afirmou em 2020 que muitas autoridades venezuelanas de alto escalão, incluindo o presidente Maduro, atuaram como líderes do notório “Cartel dos Sóis”.
A organização criminosa empregou ativos digitais para cobrir as transações, sugeriu a agência. O procurador-geral William Barr deu mais detalhes:
“Por mais de 20 anos, Maduro e vários colegas de alto escalão supostamente conspiraram com as FARC, fazendo com que toneladas de cocaína entrassem e devastassem comunidades americanas”.