Após garantir sua reeleição com 59,35% dos votos válidos, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), abordou temas importantes para sua gestão em entrevista ao G1.
Entre as prioridades mencionadas, está o desejo de manter a tarifa de ônibus congelada, fixada em R$ 4,40 há quatro anos. No entanto, Nunes ponderou que a decisão final dependerá de uma análise em dezembro, levando em conta o dissídio dos trabalhadores e o preço do diesel.
“Minha intenção é manter, mas governar com responsabilidade é essencial. Em dezembro, com todos os dados, decidiremos sobre o valor da tarifa”.
Insatisfação com a Enel
Outro tema que tem gerado polêmica na cidade são os apagões registrados ao longo do último ano. A capital e a Região Metropolitana enfrentaram três grandes interrupções de energia – em novembro de 2023, março e outubro deste ano –, o que deixou milhões de paulistanos no escuro.
Nunes atribuiu parte do problema à Enel, concessionária de energia que atua na região desde 2019, e manifestou interesse em buscar uma alternativa.
“Com o apoio do governo estadual, vamos pressionar politicamente para a substituição da empresa, que, na minha visão, não tem cumprido seu papel para a população de São Paulo”.
A poda de árvores, um dos fatores apontados para os episódios de queda de energia, também foi abordada pelo prefeito.
O político destacou que, embora a prefeitura tenha realizado mais de 620 mil podas, a concessionária é a responsável pelas árvores que estão em contato direto com a fiação elétrica.
“A segurança dos trabalhadores exige que a Enel desligue a energia antes que a poda seja realizada. Isso gera atrasos e afeta diretamente o atendimento à população”.