O Butão, um pequeno país localizado no continente asiático, está minerando bitcoin secretamente há anos por meio das suas ricas fontes de energia hidroelétrica.
A Forbes entrou em contato com fontes familiarizadas com o assunto, que confirmaram os rumores de que o governo está estudando operações desde 2020. No entanto, membros do governo afirmaram à mídia local que o país está minerando bitcoin desde que a criptomoeda estava avaliada em US$ 5 mil.
A primeira vez que o bitcoin foi cotado em US$ 5 mil foi em 2017. No entanto, o criptoativo atingiu estes níveis de preço novamente até o início de 2020, quando o criptoativo foi cotado na região dos US$ 3500.
O governo também está em negociação com a mineradora Bitdeer, que possui ações negociadas na Nasdaq. Em um relatório, a empresa informou que está negociando adquirir 100 megawatts (MW) de energia para suas operações no Butão.
“Esperamos gerar 100 MW da fonte de alimentação de 550 MW do Butão, onde a construção do datacenter de mineração deve começar no segundo trimestre de 2023 e ser concluída no terceiro trimestre de 2024”, afirmou a Bitdeer.
Os dados do comércio internacional também indicam que o reino está investindo ativamente na mineração. Em 2022, o Butão registrou uma importação de US$ 142 milhões em chips de processamento, o que representa cerca de 10% de todas as importações do país.
Estes equipamentos vieram principalmente de empresas da China, que é de longe a maior produtora de equipamentos de mineração do mundo.
A operação do Butão não é o primeiro caso de um estado nação minerando bitcoin. O governo de El Salvador, além de adotar o criptoativo como moeda legal, iniciou operações de mineração em 2021 com a energia geotérmica do país.
Até o momento, no entanto, não há detalhes de quantos bitcoins foram minerados pelo governo salvadorenho. O governo, porém, está ativamente comprando bitcoins no mercado, e acumula atualmente mais de 2 mil moedas.
O Texas tem se destacado como um dos principais centros para mineração de bitcoin no mundo. As mineradoras têm fechado acordos com as produtoras de energia locais para utilizar a energia elétrica excedente para a atividade.