Thomas Spieker, um homem de 42 anos, foi indiciado por supostamente executar uma operação de lavagem de dinheiro com Bitcoin em Nova York, de acordo com um relatório recente da Bloomberg.
O homem supostamente estava se gabando abertamente nas mídias sociais sobre seus feitos, convencendo seus clientes publicamente de que eles poderiam facilmente lavar dinheiro com os seus serviços.
Os clientes de Spieker também foram acusados de uma série de crimes, incluindo a operação de um mercado de drogas ilegais na dark web.
Alvin Bragg – procurador do distrito de Manhattan – afirmou:
“Isso nos mostra como novas tecnologias como criptomoedas podem se tornar os principais impulsionadores de uma ampla gama de atividades criminosas que podem facilmente abranger todo o mundo”.
Conforme alegado, essa extensa rede de lavagem de dinheiro internacional ajudou traficantes de drogas, uma rede de crime organizado e golpistas a esconder suas atividades criminosas e a transmitir seus lucros ao redor do mundo.
Embora seja um fato inegável que o Bitcoin, entre outras criptomoedas, possam ser usados para atividades ilícitas, é importante destacar que o maior foco para lavagem de dinheiro hoje é o sistema financeiro tradicional.
Devido a transparência dos registros de transação do Bitcoin, realizar movimentações para fins ilícitos na rede pode não ser uma alternativa tão viável para aqueles que não sabem como serem anônimos da maneira correta.
Redes alternativas que não deixam públicos os registros, como a Monero (XMR), podem ser uma alternativa mais simples para se obter anonimato.
É esperado que, com o desenvolvimento do protocolo, o Bitcoin se torne uma rede mais privada e anônima.
O Taproot, a última grande atualização da rede, aumenta a privacidade de algumas operações, que devem abrir margem para novas técnicas de anonimização.
Uma implementação de privacidade nativa para o Bitcoin é muito improvável que ocorra, uma vez que transações anônimas ocupam muito mais espaço no bloco do que uma transação não anônima.
Algumas propostas de implementação para dar mais privacidade ao Bitcoin estão em discussão entre os desenvolvedores neste momento, sendo uma prioridade para Adam Back, CEO da Blockstream.
Soluções da camada 2, como Lighting Network e Liquid, também devem ser exploradas para trazer mais privacidade para a rede.
O bitcoin é negociado hoje a cerca de US$ 44 mil, com alta de 5,5% nos últimos 7 dias.
O mercado agora se recupera da máxima histórica alcançada em novembro do ano passado.
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