Para justificar a crise e falta de pagamento dos clientes, a Atlas Quantum alega que parte do problema se deve ao bloqueio dos bitcoins presos na exchange Poloniex, onde a empresa brasileira de criptomoedas diz realizar operações de arbitragem.
O impedimento, segundo o CEO Rodrigo Marques, seriam as medidas de segurança da corretora norte-americana. Contudo, conforme recente publicação da Poloniex, os clientes agora podem realizar saques sem os requerimentos de KYC (conheça seu cliente) e AML (política anti-lavagem de dinheiro).
Com a mudança nos procedimentos exigidos pela Poloniex, os usuários agora podem realizar trades e depósitos ilimitados, e sacar até US$ 10.000 (cerca de R$ 40.600) por dia, apenas com o fornecimento do e-mail e senha.
O que isso significa para a Atlas?
A decisão da Poloniex agora acaba com os argumentos da Atlas sobre o bloqueio dos fundos na corretora, já que a empresa brasileira deve se beneficiar das novas medidas, podendo movimentar os valores que alega possuir na corretora.
Resta saber se isso mudará algo para os investidores que acreditaram na empresa brasileira. No Twitter, Matheus Muller, seguidor do Criptonizando, declarou:
“O Rodrigo Marques agora precisa se posicionar sobre nossa grana!!! Vamos mobilizar nas redes sociais e cobrar o que é nosso!!”
Entenda como tudo começou
Em agosto deste ano, depois de ter sido proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de ofertar investimentos no Brasil, a Atlas bloqueou o saque de mais de 7.500 bitcoins de clientes na plataforma.
Em um vídeo, a empresa alega que esses bitcoins estariam presos nas exchanges Poloniex, HitBTC e Gate.io, devido aos requerimentos de segurança KYC e AML.
Contudo, em outubro a HitBTC desmentiu as alegações da Atlas, enquanto a Gate.io publicou em sua conta oficial no Twitter, que o vídeo divulgado pela empresa é falso. Segundo um especialista, a Atlas manipulou as imagens do vídeo.