O presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou Ajay Banga para ser o novo líder do Banco Mundial. Entretanto, temos um “X” nesta questão: o executivo criticou fortemente a indústria de criptomoedas no passado.
Espera-se que Banga assuma David Malpass como presidente em maio.
O novo presidente do Banco Mundial
Conforme detalhado em um comunicado da Casa Branca na última quinta-feira (23), Banga é atualmente o vice-presidente da empresa de ações de crescimento General Atlantic e foi anteriormente o presidente e CEO da Mastercard.
“Ajay está equipado de forma única para liderar o Banco Mundial neste momento crítico da história”, escreveu Biden em seu comunicado.
“Criado na Índia, Ajay tem uma perspectiva única sobre as oportunidades e desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento e como o Banco Mundial pode cumprir sua ambiciosa agenda para reduzir a pobreza e expandir a prosperidade.”
O Banco Mundial é uma instituição financeira internacional criada em 1944 juntamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Seu objetivo é fornecer empréstimos a países de baixa e média renda para estimular o desenvolvimento – bem como ONGs e grupos ambientais.
Embora a Mastercard tenha lançado inúmeras parcerias e produtos para ajudar a estimular a adoção de criptomoedas, Banga historicamente se opõe ao espaço.
Em 2018, ele chamou as criptomoedas de “lixo” enquanto criticava seus preços voláteis e a necessidade de minerá-las (no caso do Bitcoin).
“Por que a sociedade civil gostaria de colocar uma cobra em seu quintal e pensar que de alguma forma a cobra só vai morder meu vizinho, eu não entendo”, disse ele sobre o Bitcoin na época.
Em 2020, o mesmo executivo negou a alegação de que o Bitcoin ajudará a “bancar os sem-banco”, novamente citando seu preço de mercado altamente flutuante.
Posição criptográfica do Banco Mundial
O executivo provavelmente será uma nova adição bem-vinda ao Banco Mundial a esse respeito, que repetidamente expressou oposição à adoção do Bitcoin ao lado do FMI. Ele já negou oferecer suporte a El Salvador e à República Centro-Africana depois que ambos adotaram o Bitcoin como moeda legal.
A retirada do apoio não impediu o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, de impulsionar a adoção do Bitcoin.
O país já arranjou a possibilidade de arrecadar dinheiro por meio de “Bitcoin bonds” para comprar Bitcoin e construir a ambiciosa Bitcoin City.
Em novembro, ele argumentou que o Ocidente acabará por fazer a transição do Banco Central para um modelo mais descentralizado, ao mesmo tempo em que criticou instituições como o Banco Mundial por espalharem notícias negativas sobre os planos de El Salvador.
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