Faustin-Archange Touadéra – Presidente da República Centro-Africana (CAR) – anunciou que o hub regulatório e jurídico para o Bitcoin e o mercado de criptoativos será lançado em 3 de julho.
A iniciativa –também conhecida como projeto Sango– visa tornar a CAR uma economia mais aberta à inovação e aos mercados da África através do uso do Bitcoin e de tecnologias descentralizadas.
O presidente Toudéra revelou a notícia por meio de um tweet na segunda-feira, no qual reafirmou seu compromisso de estabelecer o Bitcoin como moeda legal.
“Com o Bitcoin como moeda legal e inspiração, nosso país abre um novo capítulo em sua jornada inspiradora em direção a um futuro mais brilhante por meio da tecnologia blockchain. Todos estão convidados a assistir ao evento Sango Genesis que será transmitido no dia 3 de julho, no http://sango.org”.
O CAR pegou o mundo de surpresa em abril, quando o presidente assinou uma estrutura legal para o mercado de criptoativos, que também estabeleceu o bitcoin como moeda oficial.
Isso significa que o governo agora trata o Bitcoin como o franco CFA – sendo o criptoativo isento do imposto sobre ganhos de capital e utilizável para pagar obrigações fiscais.
Um mês depois, o presidente também anunciou o projeto Sango – um plano para transformar o CAR em um “hub cripto” para atrair investidores em todo o mundo.
Alguns de seus subprojetos incluirão o estabelecimento de um banco nacional de criptoativos, a criação de uma carteira Lightning e a isenção de impostos sobre as exchanges.
O projeto também incorporará a tokenização dos recursos naturais do país, segundo o comunicado de hoje.
Seguindo El Salvador
A adoção do Bitcoin pelo CAR parece seguir de perto o exemplo de El Salvador.
Em setembro, o país da América Central também estabeleceu o Bitcoin como moeda legal, seguido por uma série de medidas que visaram tornar o país mais pró-negócios.
A resposta global às suas iniciativas também foi semelhante. Assim como em El Salvador, o Fundo Monetário Internacional (FMI) desaprovou a decisão do país, citando desafios “legais, de transparência e de política econômica”.
O Banco Mundial confirmou que não apoiará o projeto Sango com investimentos, embora tenha oferecido um empréstimo de US$ 35 milhões para ajudar a “digitalizar” o setor público do país.
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