Sam Bankman-Fried (SBF) recorreu à Justiça em busca de um novo julgamento em seu caso de fraude. Segundo a equipe do fundador da FTX, o juiz responsável pelo caso, Lewis A. Kaplan, teria agido de forma tendenciosa e impedido SBF de apresentar provas importantes para sua defesa.
O documento, com 102 páginas, destaca a exclusão de evidências que, de acordo com os advogados de SBF, poderiam mudar o rumo do julgamento. Uma dessas evidências seria a alegação de que os usuários da FTX poderiam recuperar suas perdas por meio do processo de falência.
Além disso, os advogados afirmam que conselhos jurídicos recebidos pela empresa durante suas operações foram ignorados pelo tribunal, o que teria prejudicado a visão do júri sobre o comportamento do empresário.
Outro ponto central do recurso é a realização de um “depoimento pré-testemunhal”, que teria beneficiado a acusação antes mesmo de SBF ter a chance de se defender em juízo. O recurso pede, portanto, que um novo julgamento seja conduzido, desta vez sob a supervisão de outro juiz.
Se o pedido for aceito, um novo julgamento poderá ser agendado, embora não haja garantias de que o apelo será bem-sucedido.
Ex-CEO da Alameda pede punição branda
Enquanto Sam Bankman-Fried luta por uma nova oportunidade no júri, Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, busca uma redução em sua sentença, argumentando que colaborou extensivamente com as autoridades.
Seus advogados apresentaram um pedido de leniência, apontando sua cooperação no fornecimento de informações importantes sobre as operações internas da FTX e seu papel na investigação que resultou nas acusações contra SBF.
Ellison já havia aceitado um acordo de delação em dezembro de 2022, no qual se declarou culpada por conspiração e fraude financeira. Sua defesa argumenta que, além da colaboração com os promotores e reguladores, o fato de não ter antecedentes criminais justifica uma pena mais branda. A sentença de Ellison está marcada para o dia 24 de setembro de 2024.