Jonathan Chester, CEO da Bitwage, destacou a crescente importância do mercado de stablecoins na economia argentina. O executivo apontou que as stables estão desempenhando um papel fundamental para trabalhadores remotos, que recebem seus salários utilizando a criptomoeda.
Nos últimos anos, a Argentina foi assolada por uma hiperinflação que reduziu massivamente o poder de compra da população. Como consequência, muitos argentinos buscaram meios para dolarizar a renda e o patrimônio.
Uma alternativa para este cenário é trabalhar para empresas de fora, recebendo em dólares americanos. Neste contexto, as stablecoins surgem como um método de pagamento estável e pouco burocrático.
Dados da Bitwage apontam que 70% dos seus clientes recebem salários em stablecoins. Estes pagamentos vêm de empresas de vários países, como Estados Unidos, Espanha e Reino Unido.
O executivo destacou:
“Na Argentina, as stablecoins foram uma salvação, em alguns casos aumentando os salários líquidos em até 50%, já que as bolsas tradicionais não conseguem acompanhar a inflação.”
Mercado de stablecoins
Uma stablecoin é um criptoativo que rastreia o preço de um ativo estável, como o dólar americano. Atualmente, a principal criptomoeda do mercado é o Dólar Tether (USDT), emitido pela Tether Limited.
O USDT conta com um expressivo valor de mercado de US$ 119 bilhões, valor que cresceu de forma exponencial nos últimos anos.
As stablecoins têm ganhado destaque especial em países emergentes, onde há uma grande demanda por dólares. A facilidade e pouca burocracia para comprar stables tem atraído cada vez mais investidores para o mercado.
Atualmente, a principal rede para negociação de stables é o Ethereum. Dezenas de bilhões de dólares em stables estão registradas no protocolo.
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